segunda-feira 23 de dezembro de 2024
Celso Sabino, ministro do Turismo - Foto: Divulgação
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segunda-feira 23 de dezembro de 2024 às 06:21h

‘Pablo Marçal diverge de princípios do União Brasil’, diz ministro Celso Sabino

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A possível entrada do influenciador Pablo Marçal (PRTB) no União Brasil tem gerado resistência de lideranças da legenda, principalmente aquelas mais ligadas ao governo Lula da Silva (PT). É o caso do ministro do Turismo, Celso Sabino, que não vê com bons olhos a eventual chegada do ex-coach às fileiras da sigla. “Ele defende uma política de muito extremismo, de muito radicalismo. E o nosso partido é do diálogo, da ponderação”, disse o ministro à Iander Porcella, da Coluna do Estadão.

Para Sabino, Marçal só poderá fazer parte do União se moderar seus posicionamentos. Durante o primeiro turno da disputa pela prefeitura de São Paulo neste ano, ele chegou a divulgar nas redes sociais um laudo falso acusando o adversário Guilherme Boulos (PSOL) de ter sido internado por uso de cocaína, o que gerou reação da Justiça Eleitoral.

“As ideias dele divergem um pouco dos princípios ideológicos do União Brasil”, afirmou Sabino. “Quem tem que mudar é ele, não o partido”, emendou.

Como publicou a Coluna do Estadão, as negociações para filiar Marçal também geraram no União Brasil uma preocupação sobre o “risco Moro”. Hoje o ex-ministro da Justiça Sergio Moro é senador pelo UB, mas quando chegou à sigla em 2022 tentou impor sua candidatura presidencial, o que provocou desgastes e um racha na legenda.

Marçal não esconde o desejo de concorrer a presidente em 2026. No entanto, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), tem a preferência hoje na sigla para disputar o Palácio do Planalto. No último dia 11, a festa de fim de ano do partido virou uma espécie de ato de defesa da candidatura, no mesmo dia em que ele foi condenado por uma juíza a oito anos de inelegibilidade por suposto abuso de poder político.

Na opinião de Sabino, por outro lado, o União não deve lançar nem Caiado nem Marçal, mas apoiar a reeleição do presidente Lula da Silva (PT), seu atual chefe, daqui a dois anos. “É natural o partido seguir com a candidatura do presidente Lula em 2026. E vamos defender isso”, afirmou, ao frisar que a sigla faz parte da base e está “alinhada com o sucesso do Brasil”.

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