O setor aéreo está incomodado com a versão atual do texto da reforma tributária, que saiu do Senado na semana passada, e deve ser aprovada pela Câmara dos Deputados nesta terça-feira (17).
As empresas estimam que, em decorrência da derrubada da isenção de impostos para passagens aéreas para fora do país, como decidido pelo Senado, as viagens internacionais podem sofrer uma retração de 22%.
O destaque de autoria do senador baiano Angelo Coronel (PSD) que previa desonerar os bilhetes internacionais foi rejeitado por falta de quatro votos favoráveis. Pelo texto aprovado no Senado, a cobrança da tarifa média do imposto sobre consumo — que ainda não foi definida, mas pode chegar a 28% — será feita sobre as passagens dos voos que saem do Brasil.
O relator da reforma no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), que se colocou contra a proposta, argumentou que a reforma já prevê outros benefícios tributários ao setor, de modo a reduzir o custo do combustível aeronáutico, da alimentação a bordo e dos programas de milhas.