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Roberto Campos Neto (esq.) e Gabriel Galípolo na sede do BC: sinais de uma transição sem conflitos na instituição - Foto: Cristiano Mariz
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terça-feira 17 de dezembro de 2024 às 09:49h

Copom decidiu por unanimidade sinalizar mais duas altas de 1 ponto na Selic, mostra ata

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Ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira (17) mostra que os membros do colegiado decidiram, por unanimidade, tanto pela elevação da Selic de 11,25% para 12,25%, como também pela sinalização de duas novas altas de 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões.

“O Comitê então decidiu, unanimemente, pela elevação de 1,00 ponto percentual na taxa Selic e pela comunicação de que, em se confirmando o cenário esperado, antevê ajuste de mesma magnitude nas próximas duas reuniões”, afirma a ata,

Na última quarta-feira, o Copom surpreendeu ao prever mais duas altas da mesma magnitude, após citar risco de piora da dinâmica inflacionária a partir do anúncio de medidas fiscais do governo.

No dia do anúncio da decisão, o texto do comunicado do Copom tinha levantado dúvidas no mercado se o chamado “forward guidance” também tinha sido uma decisão unânime.

A reunião de dezembro foi a última sob a presidência de Roberto Campos Neto, que passará o comando do BC para Gabriel Galípolo a partir de janeiro.

Segundo o documento, na discussão que embasou tal deliberação foi tomada levando em consideração dois pontos principais:

  • a magnitude da deterioração de curto e médio prazo do cenário de inflação exigia uma postura mais tempestiva para manter o firme compromisso de convergência da inflação à meta;
  • vários riscos se materializaram tornando o cenário mais adverso, mas menos incerto, permitindo maior;
  • visibilidade para que o Comitê oferecesse uma indicação de como antevia as próximas decisões;
  • “A magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, acrescentou o ata.

A reunião de dezembro foi a última sob a presidência de Roberto Campos Neto, que passará o comando do BC para Gabriel Galípolo a partir de janeiro.

No documento, o BC também reforçou a mensagem de que a percepção dos agentes econômicos sobre o recente anúncio fiscal do governo afetou de forma relevante os preços de ativos e as expectativas de mercado, especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio.

“Com relação à política econômica de forma mais geral, o Comitê manteve a firme convicção de que as políticas devem ser previsíveis, críveis e anticíclicas. Em particular, desacelerações são parte essencial do processo de suavização e reequilíbrio da economia. O debate do Comitê evidenciou, novamente, a necessidade de políticas fiscal e monetária harmoniosas”, disse o BC .

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