Com um investimento de R$ 6 milhões do Governo do Estado a 15ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária recebeu o governador Jerônimo Rodrigues (PT), neste último sábado (14). O evento, realizado no Parque Costa Azul, em Salvador, conta com mais de 600 expositores e 145 estandes de produtos da agricultura familiar, povos tradicionais e assentados da Reforma Agrária. O objetivo é atrair novos clientes, alavancar as vendas e viabilizar espaços de discussão e integração de políticas para o desenvolvimento rural baiano.
A expectativa é de que 40 mil pessoas visitem o evento até domingo (15). “Quero destacar a importância dessa edição,
que vem evoluindo com muita rapidez. Este ano, a feira está dialogando com o ambiente nordestino, trazendo na sua identidade um projeto de desenvolvimento, sustentabilidade, transição energética, e tudo que está sendo tratado agora no mundo globalizado. São produtos seguros para consumo e que precisam desse movimento, desse espaço para a comercialização”, enfatizou Jerônimo Rodrigues.
Uma das novidades especiais da 15ª edição é a III Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária – Sabores e Tradições do Nordeste, que reúne empreendimentos dos nove estados nordestinos, – Piauí, Alagoas, Maranhão, Pernambuco, Ceará, Sergipe, Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia. O público pode conhecer produtos que vão além das fronteiras baianas e que celebram a essência cultural e produtiva da região.
A enfermeira do trabalho, Luciane Brasil, de 59 anos, ficou encantada com o Maranhão. “Soube da feira pelas redes sociais e resolvi conhecer. Fui a muitos estandes e gostei muito dos produtos maranhenses, confeccionados com fibra e artesanatos indígenas. Achei bem interessante. Já aproveitei para levar alguns produtos para a casa”, contou.
Os visitantes ainda podem explorar as duas praças gastronômicas e uma diversidade culinária que representa o que há de melhor na produção rural da Bahia, como doces, biscoitos, frutas desidratadas, derivados de leite e mandioca, bebidas, muito mais.
Marlene Freitas Santos, 72, veio pela primeira vez à feira com o esposo e está achando tudo muito interessante. “Tem muita coisa diferente. Estou vendo as novidades aqui, como esse chips de macaxeira. Já comprei muitas outras coisas, como a castanha natural, abacaxi desidratado. Coisa nova e de qualidade”, disse.
Além dos estandes territoriais, a Feira também conta com as Tendas Quilombola, Indígena e da Economia Solidária, oferecendo peças que celebram as raízes culturais da Bahia. Cocares, biojoias, cerâmicas e acessórios feitos de palha e sementes sustentáveis são apenas alguns exemplos do que estará disponível para compra, conectando o público à ancestralidade e tradição dos povos baianos.
Alba Payaya, da comunidade indígena da Chapada Diamantina, participa da feira há muitos anos, comercializando ervas medicinais, frutas desidratadas e doces. “Esse é um espaço importante para divulgarmos os nossos produtos e mostrar que os indígenas também produzem artigos de qualidade”.
“Fomos surpreendidos com a qualidade dos produtos que as nossas cooperativas estão organizando. Aumentaram de quatro para cinco mil produtos expostos. Costumo dizer que, se você quer conhecer diversidade, produção, cultura e amor pelo que faz, tem que vir à 15ª Feira da Agricultura Familiar. É uma expressão do sonho, dos sabores. É por isso que a Cultura Familiar da Bahia tem levado esse produto ao mundo inteiro”, destacou o secretário de Desenvolvimento Rural, Osni Cardoso.
Com entrada gratuita, a feira ainda conta com uma rica programação musical, no palco Concha, Samba e Nordestino. O horário de funcionamento é de 10h às 22h, e a programação está disponível no site www.car.ba.gov.br ou na página do Instagram @carbahia_.
Realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Companhia de Ação Regional (CAR), em parceria com a União das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária do Estado da Bahia (Unicafes-BA), o evento conta com o apoio de parceiros importantes como o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM) e patrocínio do Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal.