A Associação Brasileira das Empresas de Transporte Internacional Expresso de Cargas informou que os armazéns da alfândega brasileira que recebem mercadorias importadas estão operando próximos à capacidade máxima, o que gera custos elevados com segurança, armazenagem e mão de obra adicional. O mesmo ocorre com as remessas de exportação, causando impacto negativo aos empreendedores brasileiros, principalmente as pequenas e médias empresas que dependem da venda de seus produtos mundo afora.
De acordo com a Frente Parlamentar pelo Livre Mercado, a principal causa do problema é o movimento de greve dos auditores fiscais da Receita Federal, que tem causado atrasos significativos na liberação de mercadorias na alfândega, afetando diretamente o setor.
Em assembleia geral realizada em 21 de novembro deste ano pelo Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal, foi deliberada a paralisação das atividades da categoria. Segundo o próprio Sindifisco Nacional, a decisão se pautou na ausência de avanços nas tratativas com o Ministério da Gestão e Inovação acerca do reajuste de cargos e salários.
Presidente da FPLM, o deputado federal Luiz Philippe Orleans Bragança (PL-SP) alertou sobre o vasto leque de produtos que têm ficado retidos na alfândega, o que poderá ocasionar prejuízos a diversos setores.
“Os atrasos não se limitam a produtos de alto consumo, como eletrônicos; eles também afetam mercadorias essenciais, como medicamentos controlados, kits laboratoriais e peças industriais indispensáveis à manutenção de maquinários e até mesmo o transporte de documentos. A situação exige atenção imediata para evitar danos ainda maiores à economia”, afirmou.
Para Rodrigo Marinho, diretor-executivo do Instituto Livre Mercado, a busca por soluções equilibradas é urgente.
“O impacto gerado neste momento, após a Black Friday e às vésperas do Natal, compromete não apenas negócios, mas também a experiência do consumidor final. É preciso garantir o retorno pleno das atividades essenciais da Receita Federal”, disse.