A fruticultura baiana é um importante gerador de empregos e renda para o estado. A Bahia alcançou recorde na produção, no ano passado, gerando R$ 5,7 bilhões, um aumento de 16,4%, que ratificou a posição do estado como o terceiro maior produtor de frutas do Brasil. E o acordo Mercosul-União Europeia, que vai eliminar as tarifas de acesso aos mercados, traz ainda mais oportunidades para os produtores locais.
De acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), as oportunidades de desgravação de curto prazo para o Brasil abrangem 242 linhas tarifárias da União Europeia e cerca de US$ 109,8 bilhões das importações anuais do bloco. O Acordo Mercosul-União Europeia vai eliminar tarifas para 97% dos bens industriais e para 77% dos bens agrícolas do Mercosul, em 10 anos. No curso prazo, a estimativa é de um aumento de mais US$ 7 bilhões em exportações do Brasil para o bloco europeu.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Exportadores de Frutas (Abrafrutas), Guilherme Coelho, o modelo de tarifação atual prejudica os exportadores brasileiros. Ele lembra que alguns países como África do Sul e Peru não pagam o chamado Imposto Duty para exportar suas frutas, o que prejudica o Brasil. “Com o acordo, o setor vai aumentar suas vendas, e, consequentemente, gerará mais emprego e renda”, destacou.