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Rodrigo Pacheco, Lula e Arthur Lira - Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República/Arquivo
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quinta-feira 5 de dezembro de 2024 às 15:21h

Arthur Lira, Lula e Ciro Nogueira analisam chances de aliança para 2026

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O presidente Lula da Silva (PT) é candidato forte à reeleição, acha o deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara e líder do Partido Progressistas (PP), um dos pilares do grupo parlamentar conhecido como Centrão.

“Todo candidato à reeleição, se a economia estiver bem situada, é fortíssimo” — disse Lira na tarde desta quarta-feira (4), em Brasília.

Enquanto falava, Lula celebrava a perspectiva de terminar o ano com nível de crescimento econômico acima de 3%. Ladeado pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), filosofava: “Governar é como plantar uma árvore. Você só será medido pela sua competência quando estiver colhendo o que plantou.”

Segundo José Casado, da Veja, Lira não vê adversários com força eleitoral para disputar com Lula. A exceção seria Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030. Sem ele no páreo “outras opções ficam escassas”.

Em 2021, Lira e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) ajudaram a preparar a candidatura de Bolsonaro à reeleição pelo Partido Liberal, de Valdemar Costa Neto.

O deputado ficou na Câmara, o senador foi para a Casa Civil e o presidente nacional do PL ganhou ainda conforme José Casado, da Veja, um latifúndio no governo, no qual se destacava um banco regional (Nordeste), um fundo bilionário (FNDE), áreas-chave na governança de meio ambiente (Ibama), a política fundiária (Incra), infraestrutura (DNIT), saúde e saneamento (Funasa) e fatias do orçamento público no manejo de emendas parlamentares.

Agora, Arthur Lira, Ciro Nogueira e Lula prospectam possibilidades para a disputa presidencial de 2026. Já aconteceu, em circunstâncias diferentes. Foi na eleição vencida por Lula vinte e dois anos atrás.

Na época, lembrou Ciro Nogueira, “não foi o centro que se aproximou de Lula; foi ele que lançou a Carta ao Povo Brasileiro, exorcizou os radicalismos que professara, montou uma equipe econômica comprometida com a responsabilidade fiscal e se deslocou para o centro”. Ele acrescentou, em artigo publicado na terça-feira (3) na Folha de S.Paulo: “Temos de avançar com a certeza de que não existem fórmulas mágicas, sem alucinógenos ideológicos que entorpecem, mas apenas isso. O centro não é uma força neutra. Nos grandes momentos, para onde tendeu o centro, verteu a história. Por isso, extremismos, venham de onde vierem, o centro tem uma missão.”

No mundo ideal dos líderes do PP, Lula presidiria o Centrão e eles seriam regentes do governo. No mundo de Lula sempre é admissível a metamorfose eleitoral para garantir o apoio dos grupos políticos de centro. Foi assim em 2002, 2006, nas eleições de Dilma Rousseff (2010 e 2014) e, também, em 2022.

É uma questão de poder, como Ciro Nogueira ouviu de um outro Lula, o deputado pernambucano Luiz Eduardo de Queiroz Campos da Fonte Albuquerque, de 23 anos, numa reunião do PP em março do ano passado, quando o Lula presidente ainda nem completara cem dias de governo: “Tudo bem, chefe, mas esse negócio de sapato branco, óculos ray-ban e oposição só fica bonito nos outros.”

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