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Ricardo Lewandowski — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
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terça-feira 3 de dezembro de 2024 às 14:19h

Lewandowski nega ‘perseguição’ da PF a Bolsonaro: ‘Nenhuma ingerência’

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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, rebateu nesta terça-feira (3) declarações de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a respeito de uma suposta “perseguição” e direcionamento de ações da Polícia Federal (PF) contra opositores do governo do presidente Lula da Silva (PT).

Lewandowski classificou como “bastante graves” as suposições feitas pelos senadores Jorge Seif (PL-SC) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que afirmaram que a PF tem investigado e indiciado aliados de Bolsonaro a fim de atingir o ex-presidente.

Em uma das falas dos senadores, ocorridas durante audiência da Comissão de Segurança Pública do Senado, houve menção a uma suposta interferência de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) no funcionamento da Polícia Federal. Os parlamentares não mencionaram explicitamente quem seria o magistrado.

Ricardo Lewandowski rechaçou as declarações e afirmou que a PF é uma instituição “republicana” e de “excelência”. “É uma corporação independente, que não é de governo, é de Estado”, disse o ministro.

Segundo ele, os inquéritos desenvolvidos pela Polícia Federal são baseados em critérios técnicos e sem qualquer “viés político”.

“Um ministro [do STF] não tem nenhuma ingerência. É uma instituição que trabalha de forma totalmente independente. Não tem nenhuma ingerência de ministro do Supremo. E eu, como ministro do Supremo, jamais admitiria qualquer ingerência”, afirmou.

No último dia 21, a Polícia Federal concluiu uma investigação que apurava uma suposta tentativa de golpe de Estado no final de 2022. A corporação indiciou Bolsonaro e outros 36 nomes — decisão questionada por aliados do ex-presidente.

O relatório foi encaminhado ao ministro do STF Alexandre de Moraes, que é relator na Corte de investigação. Moraes remeteu as conclusões à Procuradoria-Geral da República (PGR), a quem caberá denunciar — ou não — os investigados.

Bolsonaro também é alvo de outras investigações e de indiciamentos da PF, como o caso das joias sauditas e da fraude em cartões de vacinação.

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