quarta-feira 4 de dezembro de 2024
Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, durante pronunciamento em novembro de 2024. — Foto: Kim Hong-Ji/ Pool via AP
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terça-feira 3 de dezembro de 2024 às 11:15h

Presidente da Coreia do Sul declara lei marcial no país que passa a seguir leis militares

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O governo da Coreia do Sul impôs nesta terça-feira (3) a lei marcial no país para “limpar” do território espiões pró-Coreia do Norte. O anúncio enfrentou fortes protestos da oposição e de autoridades do país.

O anúncio foi feito pelo presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, em um pronunciamento-surpresa emitido nas TVs sul-coreanas. A lei marcial restringe o acesso a direitos civis e substitui a legislação normal por leis militares.

No pronunciamento, Yeol disse que a medida foi adotada para detectar “elementos pró-Coreia do Norte”.

“Declaro lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças antiestado pró-norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade do nosso povo, e para proteger a ordem constitucional livre”, disse Yoon.

Membros do próprio governo também se disseram contra a imposição da lei marcial. A oposição protestou contra a medida e convocou todos os partidos a irem ao Parlamento, em Seul, para protestar contra a adoção da lei.

O chefe da Polícia da Coreia do Sul também criticou a medida e convocou uma reunião de emergência ainda nesta terça para debater a medida.

Mas o Parlamento foi fechado, e todos os acessos a ele, bloqueados, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

O ex-ministro da Justiça sul-coreano Han Dong-hoon disse que a declaração da lei marcial é “errada” e que vai pará-la com a ajuda do povo.

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