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O agente da PF, baiano Wladimir Matos Soares - Foto: Reprodução/Rede social
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quarta-feira 27 de novembro de 2024 às 06:56h

Baiano ‘infiltrado’ na segurança de Lula iria ficar com Bolsonaro em caso de golpe

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O soteropolitano Wladimir Soares, agente da Polícia Federal, preso na Operação Contragolpe na última semana fazia parte do corpo de segurança de petista e foi ‘convidado’ por um colega da corporação para integrar a segurança do Palácio do Planalto e de Bolsonaro se trama golpista desse certo

Apontado como um ‘infiltrado’ de golpistas no corpo de segurança do presidente Lula da Silva (PT), o agente baiano da Polícia Federal Wladimir Matos Soares, 53 anos, afirmou aos investigadores das Operações Tempus Veritatis e Contragolpe segundo reportagem de Pepita Ortega, Fausto Macedo, Marcelo Godoy e Rayssa Motta, do Estadão, que foi ‘convidado’ por um colega da corporação para fazer também a segurança do Palácio do Planalto e do então presidente Jair Bolsonaro caso ele “não entregasse a faixa presidencial”.

Wladimir foi preso no último dia 19 na Operação Contragolpe – investigação sobre plano de golpe de Estado que previa o assassinato de Lula, de seu vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

No relatório final do inquérito, documento com 884 páginas, a PF diz que Wladimir “atuou como elemento auxiliar do núcleo vinculado à tentativa de golpe de Estado”.

Segundo os investigadores, o agente federal passou informações relativas à segurança do candidato eleito a aliados de Bolsonaro que sabiam do plano de golpe de Estado – o que, na visão da PF, se enquadra no contexto do planejamento operacional “Punhal Verde e Amarelo”, que descreveu a possibilidade de envenenar o petista.

No final de 2022, o agente foi escalado para trabalhar na segurança fixa na posse presidencial. Ele atuaria como um dos coordenadores da segurança fixa dos hotéis em que o petista ficaria hospedado após se eleger.

Em 2018, Wladimir integrou a equipe de segurança de Bolsonaro durante o período eleitoral. O grupo era chefiado pelo delegado da PF Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), também indiciado no inquérito do golpe.

O inquérito relata como Wladimir encaminhou mensagens para Sérgio Rocha Cordeiro, ex-assessor de Bolsonaro. Para os investigadores, o contato ratifica a importância do conteúdo que foi transmitido por ele – “o qual envolve relato de que a segurança do candidato eleito Lula compreendia, inclusive, a presença de policiais de força tática na equipe de segurança”.

A visão da PF é a de que, quando se “colocou à disposição para atuar no golpe de Estado”, o agente federal demonstrou “aderência subjetiva à ruptura institucional, que estava em execução naquele momento”.

“Eu e minha equipe estamos com todo equipamento pronto p ir ajudar a defender o Palácio e o Presidente. Basta a canetada sair!”, prontificou-se Wladimir Soares.

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