Na última sexta-feira (22) foi aprovado em assembleia o plano de recuperação judicial da Odebrecht Engenharia e Construção (OEC), braço de construção civil da Novonor (ex-Odebrecht). A reunião garantiu o apoio da maioria dos membros das classes de credores à proposta de renegociação de dívidas, em curso desde que a Justiça de São Paulo aceitou o pedido de RJ, em junho.
O passivo da OEC está avaliado em cerca de US$ 4,6 bilhões. O montante é correspondente a debêntures emitidos pela então holding Odebrecht S.A. (hoje Novonor) e que foram absorvidos e garantidos pela construtora.
Se homologada, a reestruturação contará com um aporte de US$ 120 milhões por parte do BTG Pactual, num empréstimo monitorado judicialmente para quitar parte das dívidas.
Esse empréstimo vem sendo questionado pelo Fidera Group, fundo britânico que adquiriu US$ 338 milhões das debêntures em questão, já em meio à RJ. O grupo reclama de falta de transparência sobre o repasse vindo do BTG e diz que falta fundamento econômico ao plano. Hoje, no entanto, o Fidera foi voto vencido na assembleia, conduzida pela AJ Ruiz Administração Judicial.