‘Cortina de fumaça’ e ‘espetáculo político’: de Damares a Zanatta, bolsonaristas criticam indiciamento do ex-presidente

Indiciado pela Polícia Federal no inquérito que apura suspeitas de tentativa de golpe no país, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu manifestações de apoio de seus aliados nas redes sociais. Ao todo, são 37 indiciados, incluindo os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Helenoe Anderson Torres, o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, o ex-assessor da Presidência Filipe Martins e o presidente do PL, Valdemar Costa Netto. As informações são do jornal, O GLOBO.

Confira os políticos que se posicionaram em defesa do capitão reformado.

Damares Alves

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) usou as redes para afirmar que “Bolsonaro é um democrata” e que “se alguém em volta do Bolsonaro falou ou pensou diferente dele, que responda por seus atos”. Ela ainda cita outros indiciados, como General Heleno, Braga Netto, Anderson Torres, Ramagem e Felipe Martins, e diz que os “conhece e respeita”.

“Inacreditável que Bolsonaro, o homem que o tempo todo gritou para todos ouvirem que só faria o que estivesse dentro das quatro linhas da Constituição, e assim o fez, ser agora indiciado pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado”, publicou Damares.

Eduardo Bolsonaro

Um dos filhos do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) definiu como “relatório porcaria” o documento entregue pela PF ao Supremo nesta quinta-feira.

Rogério Marinho

Líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN) também saiu em defesa dos correligionários Bolsonaro e Valdemar. Segundo ele, o indiciamento “não só era esperado, como representa sequência ao processo de incessante perseguição política ao espectro político que representam”.

Jorge Seif

Após o indiciamento, o senador Jorge Seif (PL-SC) recorreu ao verso bíblico “conheceis a verdade e ela vos libertará”, recorrente em discursos bolsonaristas, para criticar o indiciamento. Em seguida, o parlamentar acusou a PF e o ministro Alexandre de Moraes por “ajudarem o desgoverno com cortina de fumaça”.

Luiz Philippe de Orleans e Bragança

Já o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) publicou que “transformar investigações em espetáculo político é a arma dos autoritários”. Para o congressista ligado à família real, “opositores são perseguidos com narrativas frágeis” ao passo que “aliados do governo são descondenados (sic)”.

Júlia Zanatta

A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) decidiu publicar um vídeo em apoio ao ex-presidente. Ela define o indiciamento como parte de uma “democracia relativa”, de “faz de conta”, em que “o juiz é a vítima, o acusador, tudo” — em referência a Moraes.

Bia Kicis

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) disse que Bolsonaro “sempre jogou dentro das quatro linhas” e afirmou esperar que a Procuradoria Geral da República “analise o inquérito com a seriedade e a isenção devidas”.

Nikolas Ferreira

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) republicou a postagem de Bolsonaro com o pronunciamento do ex-presidente sobre o indiciamento.

Magno Malta

O senador Magno Malta (PL-ES) criticou Moraes pelo “pífio relatório que tenta incriminar quem nenhum crime cometeu”.

Eduardo Girão

O senador Eduardo Girão (PL-CE) afirmou que “o mundo está de olho nas violações dos direitos dos cidadãos brasileiros”, por conta do que chamou de uma “vergonhosa ditadura da toga”.

Carlos Jordy

O deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) disse que “não há justiça, há justiçamento”.