Elon Musk, a pessoa mais rica do mundo e aliado próximo do presidente eleito, Donald Trump, se encontrou com o embaixador do Irã nas Nações Unidas na segunda-feira (11), informou o New York Times, citando duas autoridades iranianas.
A reunião entre Musk e o enviado do Irã, Amir Saeid Iravani, foi realizada em um local secreto em Nova York e durou mais de uma hora, segundo o jornal, citando oficiais do Irã, que supostamente descreveram a discussão como focada em acalmar as tensões entre os dois países.
A CNN está entrando em contato com a equipe de transição de Musk e Trump para comentar, a missão do Irã na ONU se recusou a comentar.
Autoridades do governo Biden na ONU não foram notificadas de que a reunião estava acontecendo e ainda não receberam uma confirmação independente de que ela ocorreu, disse uma fonte à CNN.
A reunião acontece enquanto especialistas especulam como os próximos quatro anos podem representar um teste significativo para o Irã.
Teerã sob o pleito de Trump pode levar ao retorno da campanha de “pressão máxima” que ele impôs durante sua última presidência, o que aumentou o isolamento do Irã e prejudicou sua economia, dizem especialistas.
Desde que Trump deixou o cargo em 2020, o Irã aumentou o enriquecimento de urânio, aumentou suas exportações de petróleo, intensificou o apoio a grupos militantes regionais e estabeleceu um precedente ao atacar Israel diretamente duas vezes.
Influência de Elon Musk
A conversa relatada do bilionário com o oficial iraniano levanta questões sobre como sua influência pode aparecer na administração entrante, especialmente quando se trata da política externa dos EUA.
Na semana passada, um dia após a eleição presidencial, Musk se juntou à ligação de Trump com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, de acordo com duas fontes.
Trump colocou a ligação no viva-voz e Zelensky agradeceu a Musk por sua ajuda em fornecer comunicações através da Starlink para a Ucrânia na guerra em andamento com a Rússia, acrescentou uma fonte.
O presidente eleito anunciou na terça-feira (12) que Musk e Vivek Ramaswamy liderarão um novo “Departamento de Eficiência Governamental” em sua segunda administração.
Musk, que é o CEO da SpaceX e da Tesla, se beneficiou de bilhões de dólares em contratos federais, incluindo da NASA, das forças armadas e de outras agências do governo dos EUA.
O anúncio levantou preocupações imediatas sobre potenciais conflitos de interesse.
Não está imediatamente claro como o departamento — que Trump disse que “forneceria conselhos e orientações de fora do governo” — operaria, e se um Congresso, mesmo totalmente controlado por republicanos, teria apetite para aprovar uma revisão tão massiva dos gastos e operações do governo.