A Coreia do Norte ratificou, na segunda-feira (11), o acordo de parceria estratégica abrangente com a Rússia. O pacto, assinado por Kim Jong Un e Vladimir Putin em junho deste ano, prevê uma cooperação dos países a nível internacional, bem como assistência mútua imediata em caso de agressão armada contra um dos países.
Além disso, as nações não poderão celebrar acordos com Estados terceiros que sejam dirigidos contra a soberania, a segurança, a integridade territorial, o direito à livre escolha e o desenvolvimento dos sistemas político, social, econômico e cultural da outra parte. O trecho visa garantir a relação amistosa entre os Estados.
A ratificação do acordo acontece em meio ao envio de 11 mil soldados norte-coreanos à Rússia para auxiliar o país na guerra contra a Ucrânia. Dos militares, 8 mil foram vistos posicionados na região de Kursk, que faz fronteira com o território ucraniano. Acredita-se que Moscou esteja se preparando para já avançar com as tropas.
A ideia, portanto, é que o Kremlin invoque o acordo para garantir a legitimidade do reforço norte-coreano na guerra. Choe Son-hui, ministra das Relações Esteriores da Coreia do Norte, disse que Pyongyang irá “apoiar firmemente os camaradas russos até ao dia da vitória”, descrevendo a ofensiva contra a Ucrânia como uma “luta sagrada”.