Líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados a partir de 2025, o deputado federal Lindbergh Farias (RJ) dsse a coluna Painel, que sabe separar suas convicções pessoais das coletivas e que sua principal tarefa será defender as posições da bancada do partido e também do governo Lula da Silva (PT).
A iminente substituição de Odair Cunha (PT-MG) por Lindbergh criou a expectativa em parte do PT de que a relação da bancada com o governo se torne mais tensa, já que o segundo foi crítico de projetos do governo federal, especialmente na área econômica.
“Não serei histriônico. Vou combinar tudo com a articulação política do governo, conversar com o ministro [Alexandre] Padilha. 100% de afinamento. Posso garantir que vai ser uma coisa muito equilibrada, mesmo na relação com os outros partidos na Câmara”, diz.
Histriônico é um termo que se refere a um transtorno de personalidade caracterizado por uma busca excessiva de atenção e uma emocionalidade exagerada.
Lindbergh diz ainda conforme a Folha, que tem boas relações com os representantes de outros partidos, como Isnaldo Bulhões (AL), do MDB, e Hugo Motta (Republicanos-PB), atual favorito à sucessão de Arthur Lira (PP-AL), e que atuará no Congresso para ampliar a aliança de Lula.
“Quero ser o líder que fale pelo Lula. Quero ser o porta-voz das realizações do governo. A gente tem que mostrar mais para as pessoas o que está sendo feito pelo governo, algo que a gente faz pouco”, conclui.
No ano que vem, o PT também mudará sua presidência. Prevista para junho, a saída de Gleisi Hoffmann (PR) deve abrir espaço para Edinho Silva ou José Guimarães, mais contidos em suas críticas.