A desertificação atinge, atualmente, quase 13% da Caatinga, o único bioma exclusivamente brasileiro. Com os objetivos de integrar ações e revisar instrumentos de gestão pública para o combate ao avanço desta e de outras problemáticas ambientais, a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste participou na quinta-feira (31) até sexta (1º) de uma oficina para planejar a metodologia de revisão do Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAB). O evento ocorreu no campus Juazeiro, na Bahia, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).
Além da própria Sudene, o encontro conta com a participação de representantes da universidade, dos governos estaduais da área da Sudene, além do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima (MMA), Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Instituto Nacional do Semiárido (Insa) e Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD).
O grande ponto focal do encontro é conferir maior efetividade, nas esferas nacional e estadual, destes planos de desenvolvimento sustentável. Para apoiar os governos dos estados do semiárido a atualizar seus respectivos Planos de Ação de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAEs), a Sudene está investindo R$ 1,5 milhão em parceria com o MMA, com a Univasf sendo a executora do projeto. Além da revisão das estratégias a serem utilizadas para frear os avanços destes problemas, outras atividades serão desenvolvidas.
“Os recursos aportados pela Sudene também serão utilizados para melhor estruturação das equipes técnicas estaduais, e ainda, para a qualificação para a captação de recursos financeiros a fim de custear ações voltadas ao combate à desertificação”, completou o engenheiro agrônomo da Sudene, Victor Uchoa.
Nesta quinta, o evento preocupa-se com a identificação dos desafios conceituais, técnicos e operacionais tanto para a construção como atualização dos planos estaduais, vinculando-os aos cenários regional, nacional e internacional. A programação da sexta dedica-se ao planejamento das atividades junto às equipes que irão atuar no planejamento para a revisão dos Planos de Ação Estaduais de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca.
Espera-se que os planos estaduais tratem, entre outros temas, a criação de fontes de recurso para ações de conversação da Caatinga, resiliência de sistemas produtivos e fortalecimento da governança local.