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quinta-feira 31 de outubro de 2024 às 06:54h

Valdemar Costa Neto chama Zé Dirceu de ‘craque’ e fala sobre eleições 2024; assista

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Em entrevista ao programa Perspectivas, do SBT News, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disse que o senador Sergio Moro “matou” a operação Lava Jato quando decidiu ser pré-candidato à Presidência da República. Antes de apresentar o seu nome, Moro havia comandado o Ministério da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PL).

“O Moro acabou com a Lava Jato quando ele foi [pré-]candidato a presidente da República. Ele está chateado comigo até hoje”, disse Costa Neto em entrevista ao jornalista Murilo Fagundes.

Sergio Moro foi o juiz responsável pela condenação de vários políticos na operação anticorrupção, entre eles o ex-ministro José Dirceu e o presidente Lula. As condenações de ambos foram revertidas por erros processuais, sendo que a reversão mais recente foi a de Dirceu. Costa Neto elogiou o petista e disse que ele é um “craque”.

Assista:

Em 2013, Costa Neto foi condenado a sete anos e dez meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no escândalo do mensalão e teve sua prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 5 de dezembro daquele ano. No mesmo escândalo, José Dirceu, e ex-ministro da Casa Civil, foi condenado a dez anos e dez meses de reclusão.

No programa, o dirigente do PL ainda tratou da inelegibilidade de Jair Bolsonaro, das articulações para a sucessão na Câmara dos Deputados e do Senado Federal, e fez uma análise das eleições municipais, que acabaram no último fim de semana.

Inelegibilidade de Bolsonaro: o caminho é pelo Congresso

Ao ser questionado pelo repórter Murilo Fagundes sobre como reverter a inelegibilidade de Bolsonaro, Valdemar Costa Neto foi claro e disse que ela só se daria “através do Congresso Nacional”.

O dirigente expressou desconfiança em relação ao papel do STF no processo de eventual anistia ao ex-presidente, que foi condenado por crimes eleitorais e foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até 2030.

Segundo ele, a Corte “quer cumprir a lei” e já tem um julgamento definido sobre o ex-presidente.

Apoio a Mota, na Câmara, e a Alcolumbre, no Senado

Sobre a sucessão na Câmara dos Deputados, Costa Neto revelou que o PL está se articulando para apoiar Hugo Mota (Republicanos-PB) como candidato a suceder Arthur Lira (PP-AL). “Precisamos conversar com a bancada. Nossa bancada tem que aprovar”, disse. O presidente do PL destacou a importância de dialogar com outros partidos, especialmente o PT, reconhecendo a necessidade de um entendimento para garantir a representatividade do PL na Câmara.

No Senado, o nome que mais se destaca e deve levar o apoio do PL é o de Davi Alcolumbre. Mas o dirigente também lembrou que o astronauta Marcos Pontes, do PL, pretende se candidatar à presidência do Senado.

“Falei pro Marcos que ele tinha que fazer uma reunião na bancada primeiro e saber se a bancada queria que ele fosse candidato. Eu falei, ‘se você fizer a reunião na bancada e fazer voto secreto, para você sentir se eles querem ou não. Se você fizer isso, você vai ter só um voto, o seu”, afirmou. A razão: “o nosso pessoal quer os espaços na Câmara”.

União com o centro e oposição a Lula

Valdemar Costa Neto ainda analisou o cenário político atual, afirmando que tanto Lula quanto Bolsonaro precisam rever suas estratégias. Ele mencionou a insatisfação dentro do PT em relação à distribuição de ministérios, indicando que essa pode ser uma fraqueza a ser explorada nas próximas eleições.

““Temos que abrir o olho, porque Lula não está morto”, alertou, destacando a possibilidade de uma nova aliança entre partidos de direita para impedir vitória da esquerda.

O presidente do PL ainda reforçou que todos, até a esquerda, querem se aproximar das legendas de centro e citou o presidente do PSD, Gilberto Kassab. “Se você é comunista, ele [Kassab] tá lá. O Kassab, era ministro da Dilma [Rousseff], das Comunicações, saiu do ministério um dia antes do impeachment, o PSD inteiro votou a favor do impeachment da Dilma”.

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