Líder do União Brasil, o deputado federal pela Bahia Elmar Nascimento saiu em defesa da própria candidatura à presidência da Câmara e criticou o apoio do presidente Arthur Lira (PP-AL) a Hugo Motta (Republicanos-PB), que também está na disputa para o cargo.
Elmar sustentou que Lira poderia até ter manifestado uma opinião pessoal sobre a sucessão, mas não defender diretamente um candidato. Além disso, ironizou a posição em busca de uma unanimidade, conforme defendido pelo alagoano.
“Toda unanimidade é burra porque nos impede de pensar. Todas as eleições aqui foram motivo de disputa. O Rodrigo Maia foi um grande presidente e disputou uma eleição suplementar, disputou uma segunda eleição e disputou uma terceira eleição. Todo mundo aqui disputou eleição”, defendeu.
O líder, que já foi aliado direto de Lira e apostava em conseguir o apoio do presidente em campanha, também lembrou do último processo eleitoral ao cargo e disse que um acordo para reconduzir o alagoano foi excepcional por ter sido no início de um novo governo.
“Houve um consenso na última eleição que se impôs por conta de ser a reeleição do presidente da Câmara e da necessidade de um governo que não tinha base para construir uma PEC da transição. O debate é sempre salutar”, emendou Elmar.
A posição veio após uma reunião com a bancada do PT na Câmara. O encontro, que durou mais de uma hora e meia, saiu sem uma confirmação de qual será o apoio do partido do presidente Lula.
Em meio às tratativas, Elmar não se posicionou sobre o projeto da anistia do 8 de janeiro. O candidato à presidência disse que o tema é sensível, mas deu a entender que não tentaria o apoio do PT se apoiasse a causa.
“Eu não tenho como receber o apoio do PT e da esquerda e apoiar a pauta mais cara contra eles. E vice-versa. Não dá para se esconder e dizer que isso não é um tema sensível”, disse. Ele ainda contou a intenção de se reunir com a bancada do PL.
Debate entre candidatos
Elmar chamou Motta e Antonio Brito (PSD) para discutir as propostas para a Câmara em um debate. O objetivo seria dar conhecimento para ideias e propostas futuras para o Parlamento, tanto por parte dos deputados quanto da população.
“Vocês não acham que é justo? Não é só o que eu proponho na bancada do PT e me coloco à disposição, de a gente fazer um debate entre eu, o Brito e o Hugo, para o Brasil nos conhecer.”