Jair Bolsonaro (PL) já tem apresentado, nos bastidores, um plano para os candidatos que ele apoiou e que acabaram derrotados nas eleições. O ex-presidente incentivará que boa parte dos afilhados políticos aproveite o capital eleitoral adquirido para concorrer a vagas no Senado Federal.
Nomes como Cristina Graeml (PMB), que foi derrotada no segundo turno em Curitiba, com 42,36% dos votos, e do Capitão Alberto Neto (PL), que teve 45,41%, são vistos como potenciais postulantes a vagas do Senado, tendo seu apoio.
O ex-presidente tem deixado claro que um de seus focos prioritários para 2026 é eleger a maior bancada possível de bolsonaristas na Casa. O número mágico que a família Bolsonaro trabalha são 54 senadores, ou seja, dois terços dos 81 parlamentares do Senado, o que seria necessário para aprovar um eventual pedido de impeachment de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-presidente deixa explícito o seu interesse de afastar o ministro Alexandre de Moraes, que conduz na corte os casos ligados a ele e que podem levá-lo para atrás das grades.
Em falas públicas recentes, nas quais manifestou seu apoio à eleição de Davi Alcolumbre (União-AP) como presidente do Senado, o capitão deixou claro que, além de buscar espaços na mesa e nas comissões com a composição, vai trabalhar para puxar temas que pressionem o Judiciário, com os processos de impeachment.