O eleitorado moderado acabou derrotando candidatos extremistas que jogaram sujo durante a campanha municipal.
Os candidatos que partiram para baixaria acabaram segundo o blog do Valdo Cruz, sendo rejeitados pela maioria dos eleitores nas suas cidades, apesar de atraírem um contingente expressivo do eleitorado.
Por exemplo, em Belo Horizonte, o candidato bolsonarista Bruno Engler, que fez uma campanha de baixo nível contra o atual prefeito Fuad Noman, perdeu a eleição.
O eleitor da capital mineira optou pelo nome de centro e derrotou o da extrema direita, que tentou colar na imagem do prefeito reeleito a pecha de pedófilo com bases falsas.
Em Goiânia, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) foi duramente atacado pelo bolsonarismo. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou em campo pessoalmente para derrotar o candidato Sandro Mabel (União Brasil), que acabou vencendo e derrotando o candidato de Bolsonaro, Fred Rodrigues.
Ou seja, de novo o eleitorado goiano optou por um candidato de centro-direita e derrotou o da direita.
O mesmo aconteceu em Curitiba. O candidato do governador Ratinho Jr. (PSD), Eduardo Pimentel (PSD), derrotou o nome da extrema direita Cristina Graeml (PMB), apoiada no primeiro turno por Bolsonaro. Mais uma vez, o eleitor moderado não quis embarcar na canoa de uma extremista.
Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, candidatos bolsonaristas, extremistas, perderam para candidatos mais ao centro.
Felipe Nunes afirma que isso mostrou líderes da direita derrotando o ex-presidente Jair Bolsonaro. Situação semelhante ocorreu no primeiro turno em São Paulo, quando o candidato da extrema direita, Pablo Marçal, não foi para o segundo turno.
Divisão de votos
Os partidos de centro e de direita abocanharam 64% dos votos totais da eleição. A esquerda ficou com apenas 19%. Outras legendas com 17%.
Esses dados reforçam ainda mais o que tem sido visto nos últimos anos. A esquerda não consegue vencer sem alianças com o Centro.
Sem Bolsonaro no páreo em 2026, que hoje é inelegível, os partidos de centro podem ir para um candidato de direita mais moderado, como o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas.
No total de votos, entre votos dados a candidatos vencedores e perdedores, o PL ocupa o primeiro lugar, com 15,5 milhões de votos, seguido do PSD, com 14,3 milhões de votos.
O MDB aparece em terceiro, também com 14,3 milhões de votos. O PT teve 8,7 milhões de votos.
Em número de prefeituras, no entanto, o PL aparece em quinto na lista de prefeitos eleitos, 516. Neste quesito, a liderança é do PSD, com 887 prefeituras, seguido do MDB, com 855 prefeitos.