A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, afirmou neste domingo ( que o segundo turno ) ocorreu em um “clima de tranquilidade” e disse que a “desinformação para tentar compelir eleitores é algo fora do comum”. Ela, porém, não citou casos concretos.
— Essa eleição dá demonstração de que o clima de violência, intolerância, que a desinformação para tentar compelir eleitores é algo fora do comum, fora da realidade democrática — afirmou a presidente do TSE.
Questionada sobre a declaração do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que afirmou, sem provas, que uma facção criminosa estava incentivando o voto em Guilherme Boulos (PSOL), candidato derrotado em São Paulo, a ministra evitou responder: — O caso já foi judicializado, eu não posso comentar.
Em uma entrevista coletiva ao lado do presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, dos ministros Gilmar Mendes, Nunes Marques, André Mendonça, Cristiano Zanin.
– Nós queremos a monotonia democrática, para que todos votem e sigam para suas casas. É o que queremos para as eleições de 2026 – afirmou.
Também compareceram à entrevista o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
No primeiro turno, 21,71% dos eleitores aptos se abstiveram de votar, uma queda em relação a 2020 — ano que foi marcado pela pandemia e que registrou o recorde na quantidade de eleitores que não compareceram desde 1996. Na ocasião, Cármen afirmou que, mesmo com a queda, considerou a taxa alta.
Balanço preliminar aponta que a Polícia Federal registrou 15 detenções na parte da manhã. Segundo o diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues, houve ainda a apreensão de um veículo. Após o recorde de apreensão de dinheiro em espécie no primeiro turno, ainda não houve registros nesta segunda fase da votação.
No dia do primeiro turno, o governo informou ter registrado 515 prisões e a apreensão de mais de R$ 520 mil em dinheiro vivo. Segundo a pasta, foram 2.618 crimes eleitorais no primeiro turno, entre eles boca de urna (1.057 casos); compra de votos e corrupção eleitoral (423); propaganda eleitoral irregular (309); de violação ou tentativa de violação do sigilo de voto (203); desobediência a ordens da Justiça Eleitoral e (64).
As eleições deste ano tiveram uma apreensão recorde de R$ 21 milhões em dinheiro vivo. O volume é bem maior do que o confiscado no pleito de 2022 (R$ 5 milhões) e 2020 (R$ 1 milhão) e representa uma marca histórica no trabalho da corporação.