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domingo 27 de outubro de 2024 às 12:26h

Jovens da geração Z bebem menos e treinam mais, diz fundador do grupo Smart Fit

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Em 2009, Edgard Corona fundou a SmartFit, hoje uma rede presente em 15 países da América Latina, sendo líder nos cinco maiores países de atuação: Brasil, México, Colômbia, Chile e Peru. Depois de Portugal, inicia atividades no Marrocos. Mas sua história pelo mundo dos alteres começou em 1996, quando criou a BioRitmo. Com a SmartFit, o empresário apostou em um novo modelo do mercado fitness, focada em musculação e preços baixos.

Edgard Corona fundou a SmartFit – Foto: Divulgação

É certo que a pandemia atingiu fortemente esse segmento quando chegou em 2020 e levou as pessoas para o isolamento social e para longe de locais fechados. Mas Edgard Corona conta como ela também acabou impulsionando os cuidados com a saúde e o bem-estar entre a população.

“O pós-Covid mostrou como é importante se cuidar.”

Hoje, o grupo contabiliza 4,94 milhões de clientes em 1.553 unidades, sendo 726 delas no Brasil, com 2,14 milhões de alunos. A expansão da SmartFit faz parte de um movimento geral do segmento fitness, que cresce 25% ao ano.

Leia a entrevista completa a Marcos Strecker e Viviane Monteiro, da Editora 3:

O mercado vive um boom?

Deve ter crescido entre 20% e 25% no último ano. Teve muita abertura de unidades. E existe a participação das pessoas que estão com 60, 70 anos, as primeiras que começaram a frequentar academias. Hoje, há os mais velhos treinando e os muito jovens também, da geração Z, que bebem menos e treinam mais.

O pós-Covid mostrou como é importante se cuidar. A musculação dá resultados. O mundo assiste a uma explosão de atividade física. Um número enorme de pessoas quer abrir franquias, há fundos investindo. Se você tenta comprar equipamentos para as academias, há uma espera de seis meses. Está difícil achar professores de educação física.

A pandemia mudou o setor?

Mudou o ambiente no pós-Covid. Todos passaram a ofertar preços menores. Isso criou um mercado gigante. E há os agregadores [plataformas onde é possível agendar diferentes academias], o Gympass e o TotalPass, que é nosso. Isso trouxe o dinheiro das empresas para o mercado.

Quando elas pagam parte do valor do colaborador, isso faz o tíquete ficar ainda menor. Em vez de você pagar R$ 100 por mês para a Smart Fit, vai pagar R$ 70. Isso traz mais gente para o mercado. É a realidade do Brasil, mas acontece nos outros países também.

Os hábitos são diferentes?

Depois da Covid mudou o perfil do consumidor no Brasil e nas Américas. Você ia para a academia fazer bastante cárdio. Usava muito a esteira. Hoje, o pessoal descobriu que o mais importante não é o cárdio. É a musculação. Isso é amparado por médicos.

Ao andar na esteira, você gasta 300 calorias por hora e não ganha músculo. No final do mês, não tem uma mudança perceptível no corpo, no ego…. O cliente acha chato e acaba desistindo. Na musculação, qualquer exercício de aumento de carga dá uma dorzinha, mas o cara percebe que está melhorando.

Como está o momento de expansão da Smart Fit?

Fundei a Bio Ritmo nos anos 1990. Em 2008, o mercado brasileiro era basicamente de academias de bairro. Em 2009, lançamos a Smart Fit, focada apenas em musculação, que era 80% do público das academias, com valores de R$ 49 e R$ 69. As lojas encheram e começamos a ganhar dinheiro. Quatro ou cinco anos depois, o mercado viu que estava dando certo. Começaram a surgir outras redes, até de ex-funcionários meus. Isso é ótimo, o Brasil é muito grande.

Nos EUA, 22% da população está nas academias. No Brasil, eram 4%. Lá, uma só empresa, a Planet Fitness, tem 20 milhões de alunos e cobra entra US$ 10 e US$ 20 de tíquete médio. Aqui, abaixamos o custo para o aluno praticar a atividade. Isso acabou mudando a modelagem do mercado.

Em 2019, já estávamos com 180 lojas, com fundo de investimento de fora. Em 2020, chegamos em 210. Tínhamos 120 obras de lojas contratadas na América Latina, mas em março surgiu a Covid. O que fazer? Continuamos as obras. Não mandamos os funcionários embora. Suspendemos as cobranças. Queimamos R$ 1 bilhão de caixa em um ano. Daí teve o IPO em 2021.

Como foi a internacionalização?

Pensamos: será que o Brasil tem espaço para 700, 1.000 academias? Desembarcamos no México em 2011. Hoje, já são perto de 400 lojas e 1,1 milhão de clientes. Fomos com essa cultura de aprender como se opera fora do Brasil. O trabalho no México não é simples. Fomos para a América Latina inteira. Só não estamos na Nicarágua, Venezuela, Bolívia e no Suriname. Na Colômbia, já temos 500 mil alunos. No Peru, 220 mil.

E a abertura da unidade no Marrocos?

Tem um motivo de orgulho, né? O Marrocos tem um islamismo leve, moeda estável, governo estável, a língua francesa, a população concentrada em quatro, cinco cidades. O nosso CEO do Peru morou no Marrocos. Então decidimos abrir 4 lojas nos próximo seis, oito meses para ajustar o produto. O país tem potencial para umas 100 lojas.

A rede Nation foca também em fisiculturismo. Qual é o projeto?

Isso é um laboratório, tá? Estou treinando todo dia nela, experimentando o produto. Vendo como é que se faz atendimento e tal. Pega uma turma que não está na Smart Fit, não está nos estúdios. Você melhora a experiência de construir músculos.

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