A violência na Bahia, especialmente em Salvador, voltou a ser tema de debate na Câmara durante a sessão ordinária desta última quarta-feira (23). Os trabalhos da 52ª Sessão Ordinária da 4ª Sessão Legislativa da 19ª Legislatura foram conduzidos pelo presidente da Casa, vereador Carlos Muniz (PSDB).
“Vivemos momentos críticos em Salvador por conta da insegurança”, afirmou o vereador Duda Sanches (União) ao abrir os registros. Ele criticou o governador Jerônimo Rodrigues pela “crise da violência” e frisou que “a Bahia vive o pior momento de sua história”.
O colega Alexandre Aleluia (PL) afirmou que “o crime está enraizado na Bahia” e que o estado “só perde para o Amapá”, comparando com dados estatísticos. Sua fala foi pautada na entrevista concedida pelo governador a uma emissora de rádio da capital baiana.
Dentro do panorama que estava sendo exposto, a vereadora Débora Santana (PDT) lamentou “a morte de um jovem com futuro brilhante pela frente”, assassinado na porta de sua casa. Ela disse ainda que esteve com o rapaz dias antes e chegou a fazer uma oração. “Não podemos fechar os olhos para o que está acontecendo em Salvador e na Bahia”, frisou.
Politização
A vereadora Marta Rodrigues (PT) e o colega Sílvio Humberto (PSB) apontaram a politização do tema e consideraram que as esferas municipal, estadual e federal possuem responsabilidades compartilhadas. Para Sílvio, “é necessário discutir as causas sociais que influenciam a violência”.
Além de defender a atuação do governador no combate à violência, Marta Rodrigues quis saber o motivo da devolução do Projeto de Lei nº 130/2024, que autoriza o Poder Executivo Municipal a contratar uma operação de crédito que pode chegar a R$ 350.494.000,00, junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com garantia da União. “O prefeito retirou (de pauta) porque o empréstimo representa aumento de despesa”, considerou Marta, citando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
IGHB
Ainda nos registros, o vereador Claudio Tinoco (União) criticou a retirada, por parte do governo estadual, dos recursos destinados ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB). Em sua avaliação, falta compromisso com a instituição, acentuando com a medida do governo um total descaso com a história e a riqueza cultural. Ele informou que apresentará uma indicação para que os recursos sejam novamente repassados.