Dia das Crianças: Como os sonhos de infância moldaram grandes bilionários

A imagem que temos dos bilionários é quase sempre sinônimo de poder, sucesso, agendas lotadas e equipes inteiras para comandar. Alguns deles levam uma vida reservada, enquanto outros ostentam. Contudo, todos fazem parte de um seleto grupo de pessoas no mundo com contas bancárias de dez dígitos ou mais.

Esses bilionários, tão singulares em seu pódio de sucesso e poder, também já foram crianças – como todos nós. Como é comum, devem ter tido sonhos, aliados ao grande trunfo da infância: uma imaginação invejável. Mas será que, em algum momento, eles pensaram que chegariam tão longe?

Antes dos bilhões

Algumas extravagantes, outras nem tanto, mas todos os bilionários possuem uma história para contar.

Elon Musk, por exemplo, o bilioná mais rico do mundo, com uma fortuna de US$ 246 bilhões (R$ 1,3 trilhão), nasceu em Pretória, na África do Sul, e teve uma infância conturbada. Sua mãe era modelo e nutricionista, e seu pai, engenheiro, piloto de aviões e dono de metade de uma mina de esmeraldas. Aos oito anos, seus pais se separaram, e ele foi o único dos três irmãos a morar com o pai. Em sua biografia, Musk descreve uma relação abusiva com seu pai e, na escola, sofria bullying por ser o menor e mais jovem da turma.

Ainda na infância, ele deu seus primeiros passos na programação, escrevendo um código de videogame baseado em BASIC aos 12 anos para uma revista chamada PC and Office Technology, recebendo cerca de US$ 500 (R$ 2,8 mil).

Jeff Bezos, por sua vez, nasceu em Albuquerque, nos Estados Unidos, e teve uma infância bastante comum. O avô de Bezos tinha uma fazenda, onde ele passou a maior parte dos verões durante a infância e adolescência, ajudando nas tarefas do campo. Desde pequeno, demonstrava grande habilidade com tarefas mecânicas, brincando de montar e desmontar seu berço com uma chave de fenda. Ele também desenvolveu um alarme para manter seus irmãos longe de seu quarto e converteu a garagem da casa dos pais em um laboratório de ciências.

O resultado de tanta criatividade culminou na criação da Amazon, uma das cinco maiores empresas de tecnologia do mundo, com um patrimônio de US$ 207 bilhões (R$ 1,1 trilhão).

Mark Zuckerberg, que nasceu em Nova York, era filho de dentistas e teve duas irmãs mais velhas e um irmão mais novo. Ele foi criado em uma família judia que valorizava a tradição. Seu pai, Edward, ensinou-lhe a linguagem BASIC, utilizada nos consoles do Atari. Ao perceber o interesse do filho, ele contratou um professor particular de programação. Aos 12 anos, Zuckerberg ganhou um computador de presente de Natal, e criou um jogo de batalha naval para seus amigos, além de um programa de mensagens instantâneas para a escola. Sete anos depois, ele redefiniu o conceito de interação na internet com a criação do Facebook, acumulando um patrimônio de US$ 203 bilhões (R$ 1,1 trilhão).

Bill Gates nasceu em Seattle, em uma família de classe média. Seu pai era advogado e sua mãe, professora universitária e diretora de banco. Durante o ensino fundamental, Gates descrevia-se como uma criança desorganizada, nerd e tímida, que preferia passar despercebida por conta da disgrafia e do amor pelos livros. Reconhecido como um dos pioneiros da revolução da computação de consumo, ele possui uma fortuna de US$ 106 bilhões (R$ 595 bilhões).

Warren Buffett, o maior investidor do mundo, com uma fortuna de US$ 145 bilhões (R$ 814 bilhões), nasceu em Omaha, Nebraska. Ele cresceu em um lar onde sua mãe era dona de casa e seu pai, Howard, trabalhava como corretor da bolsa de valores. Desde muito jovem, Buffett demonstrou um profundo interesse por negócios e investimentos. Aos sete anos, pegou emprestado na biblioteca local o livro One Thousand Ways to Make $1000 (Mil Maneiras de Ganhar US$ 1 mil) e se apaixonou pelo tema, devorando todos os livros de investimentos que seu pai mantinha em casa. Essa paixão precoce o levou a construir um império no mundo dos investimentos, tornando-se uma lenda viva no setor.