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O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, sinalizou que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Repulicanos) é o “número 1 da fila” que o partido deve apoiar na disputa de 2026 para o Planalto. Em entrevista à GloboNews o cacique da sigla de Jair Bolsonaro voltou a reforçar que o ex-presidente é “o melhor nome”, mas Tarcísio assume o posto devido a inelegibilidade.
Bolsonaro foi condenado no ano passado em decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e está impedido de disputar um cargo público até 2030. Para Valdemar, no entanto, o processo pode ser revertido num processo de anistia. Apesar de não ser o mesmo caso, o presidente do PL citou o caso de Lula, que voltou a ser eleito.
— Eu acho que o Bolsonaro ainda vai ser candidato. Quando o Lula estava preso vocês achavam que ele ia ser candidato? Ninguém achava no Brasil. Mas eu acho que vai ter uma saída (pro Bolsonaro). Acho que vai ter uma saída para isso. A gente vai botar para votar a anistia. O candidato nosso é o Bolsonaro, seria o melhor para nós. Mas (diante da inelegibilidade), o número 1 da fila é o Tarcísio — declarou Valdemar nesta sexta-feira.
O presidente do PL ainda citou o nome do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL).
— O Eduardo é um cara combativo. Estamos estudando para ele defender o partido, e que tenha imunidade (parlamentar). Eu não tenho, o Bolsonaro não tem.
Sobre as especulação de que Eduardo ocupar o comando do partido, Valdemar afirmou que o parlamentar “não tem tempo” para exercer o cargo.
— O Eduardo Bolsonaro não tem tempo para isso. Eu tomei a providência de pôr o Rogério Marinho de secretário geral. Porque isso tá me dando um trabalho danado.
Sucessão na presidência da Câmara
Valdemar também comentou sobre a sucessão de Arthur Lira (PP) na presidência da Câmara, que ocorrerá em fevereiro de 2025. Lira já indicou Hugo Motta como seu nome à sucessão. O posto também é cobiçado pelos deputados Elmar Nascimento e Antonio Brito. Para o presidente do PL é preciso seguir a indicação de Lira, por ter acatado as indicações do partido para comissões importantes da Casa.
O PL desponta como a maior bancada da Câmara, com 99 parlamentares. Em março deste ano, a deputada Carol de Toni (PL-SC) assumiu o comando da Comissão de Constituição e Justiça, uma das mais cobiçadas da Casa, enquanto Nikolas Ferreira (PL-MG) foi colocado na presidência da Comissão da Educação. Valdemar relembrou a resistência de Lira em um primeiro momento aos nomes, mas que logo foi vencido pelo PL.
— Nós (do PL) tínhamos a CCJ e a Comissão de Educação. Na hora de colocar a Carol de Toni na comissão, ele falou para o Altineu (Côrtes, líder do PL na Câmara) que não poderia colocar a Carol de Toni. Mas nós escolhemos o nome (para a CCJ). Eu disse para não se preocupar, pois a Carol é mulher e vai ter um bom comportamento, apesar de ser de extrema direita, não vai te dar preocupação lá. Mas o Nikolas (Ferreira) na (comissão de) educação foi difícil pra gente, e ele (Lira) manteve a palavra.
Valdemar ponderou, no entanto, que a escolha do presidente Lula será essencial para a escolha do sucessor de Lira.
