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Foto: Roque de Sá/Agência Senado
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terça-feira 1 de outubro de 2024 às 06:50h

Hugo Motta é cria de Ciro Nogueira, diz líder do governo no Senado

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O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), afirmou nesta última segunda-feira (30) em entrevista à rádio Metrópole, que o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara em 2025, é “cria” do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e, “há quem diga, uma cria de Eduardo Cunha”.

Uma ala do PT tem resistência ao nome do líder do Republicanos justamente por sua proximidade com Nogueira, que foi ministro de Jair Bolsonaro e atua fortemente na oposição ao presidente Lula (PT), e com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que foi um dos principais atores pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT).

Jaques disse ainda na rádio, que não conhece diretamente Motta, mas ressaltou a proximidade dele com os dois políticos. “Ele é uma cria. Uma cria do Ciro Nogueira, há quem diga que é uma cria do Eduardo Cunha e também é uma cria do Arthur Lira”, disse Wagner.

Em outro momento, o senador pela Bahia, afirmou que alguns parlamentares já diziam, antes mesmo de Lira indicar apoio a Hugo Motta, que o deputado do Republicanos era o “candidato do coração” do alagoano. “Ele é afilhado do Ciro Nogueira, que é muito ligado ao Arthur Lira, e do ex-deputado cassado que foi presidente e voltou a ter um protagonismo grande, o Eduardo Cunha”, afirmou.

O senador afirmou que Cunha “virou coach de deputado” e disse que o político “está tendo um protagonismo nos bastidores”.

Como a Folha de S. Paulo publicou, aliados de Motta esperam um gesto mais incisivo do governo federal e da bancada do PT ao nome do parlamentar na disputa pela presidência da Câmara. O próprio Lira tratou disso em almoço recente com Lula. Pessoas próximas ao líder do Republicanos dizem ter recebido com desconfiança sinalizações de representantes do partido e do Executivo.

Na avaliação desses aliados do deputado, o fato de haver outros nomes que acenam ao governo no páreo exige um posicionamento mais claro de endosso, até mesmo para inibir as candidaturas dos demais. Também são candidatos os parlamentares baianos Elmar Nascimento (União Brasil) e Antonio Brito (PSD).

Motta entrou na disputa após uma reviravolta, com a desistência do presidente do Republicanos, Marcos Pereira (SP), para apoiar o deputado. Até então, o nome de Elmar era tido como o favorito para ter apoio de Lira na disputa. O alagoano não pode se reeleger e busca transferir seu capital político a um nome de sua escolha.

De acordo com Wagner, Elmar “ficou decepcionado” com o endosso de Lira a Motta e “todo mundo ficou meio perplexo”. Isso porque Elmar era o aliado mais próximo do presidente da Câmara.

“A sensação que eu tenho, sinceramente, é que ou ele [Lira] nunca quis Elmar e estava enrolando até a hora de cair fora, ou ele ficou com medo de perder e achou que Elmar não estava conseguindo galvanizar e ganhar os votos que ele precisaria. E tudo o que ele não quer é perder aquela eleição”, afirmou o senador.

Em outro momento da entrevista, Wagner disse que o estilo duro de Elmar pode ter contribuído para desgastar a sua imagem entre os deputados. “No caso do Elmar, o desgaste tenha vindo porque o estilo dele, aparentemente, é muito parecido com o do Arthur [Lira], muito impositivo. Então pode ser que depois da gestão Arthur o pessoal estava querendo outro estilo para governar a Câmara”, disse.

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