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ecretário-geral da ONU, António Guterres, em declarações ao Conselho de Segurança
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segunda-feira 30 de setembro de 2024 às 05:43h

Nova escalada no Líbano leva Guterres a pedir que todos os lados recuem do abismo

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Secretário-geral diz que libaneses, palestinos e povos da região não podem se dar ao luxo de uma guerra total; sete novos abrigos da ONU acolhem 1,6 mil deslocados, incluindo sírios

O secretário-geral das Nações Unidas disse estar seriamente preocupado com o que considera “dramática escalada de eventos em Beirute nas últimas 48 horas”. Neste último domingo (29), Israel atacou a região central de Beirute.

No sábado (27), agências de notícias informaram que após ataques aéreos atribuídos a forças israelenses perto da capital libanesa, o Hezbollah confirmou a morte do seu líder Hassan Nasrallah. Na área residencial que foi atingida estaria uma representação do grupo.

Cessar-fogo imediato

Para Guterres, “este ciclo de violência deve parar agora, e todos os lados devem recuar do abismo”. O secretário-geral ressalta que os povos do Líbano, de Israel, assim como da região mais ampla não podem se dar ao luxo de uma guerra total.

A nota emitida pelo porta-voz de Guterres apela para que as partes se comprometam novamente com a implementação total da resolução 1701 do Conselho de Segurança e retornem imediatamente ao fim de confrontos.

Outro pedido reiterado é que seja alcançado um cessar-fogo imediato em Gaza e libertados todos os reféns.

Antes, o comissário-geral da Agência da ONU de Assistência dos Refugiados Palestinos, Philippe Lazzarini, disse eles integram os afetados pelos ataques aéreos das Forças Israelenses no Líbano que forçaram milhares de pessoas a fugir de suas casas.

Sete abrigos para os deslocados

Como parte da resposta, a Unrwa abriu sete abrigos que acolhem 1,6 mil deslocados, incluindo libaneses, palestinos e sírios. Muitos deles “estão traumatizados devido ao bombardeio contínuo, incerteza e medos”.

O chefe da agência da ONU revela que para alguns deles “é um trauma revivido devido aos ciclos repetidos de conflito ao longo das décadas”.

Philippe Lazzarini defende que uma nova extensão da guerra só trará mais sofrimento para os civis que devem ser protegidos e sua infraestrutura não deve ser alvo de ataques.

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