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quinta-feira 26 de setembro de 2024 às 09:04h

Biden anuncia pacote de US$ 8 bilhões em ajuda militar à Ucrânia

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O presidente dos EUA Joe Biden anunciou mais de US$ 8 bilhões em assistência militar à Ucrânia nesta quinta-feira (26) para ajudar Kiev a “vencer esta guerra” contra os invasores russos, aproveitando a visita do presidente Volodymyr Zelensky para assumir um compromisso maior.

A ajuda inclui o primeiro carregamento de uma bomba plana guiada com precisão chamada Joint Standoff Weapon, com um alcance de até 130 km. O míssil de médio alcance dá à Ucrânia uma grande atualização nas armas que utiliza para atacar as forças russas, permitindo que os ucranianos o façam a distâncias mais seguras.

A bomba, capaz de atingir alvos com alta precisão, será lançada de caças. Biden não anunciará que Washington permitiria que a Ucrânia usasse os mísseis dos EUA para atingir alvos mais profundos na Rússia.

Apoiar a Ucrânia, que a Rússia invadiu em fevereiro de 2022, tem sido uma prioridade máxima dos EUA, disse Biden em um comunicado.

“É por isso que, hoje, anuncio um aumento na assistência à segurança para a Ucrânia e uma série de ações adicionais para ajudar a Ucrânia a vencer esta guerra”, disse Biden, que deixa o cargo em janeiro.

A maior parte da nova ajuda, US$ 5,5 bilhões, será alocada antes do final do ano fiscal nos EUA, quando a autorização de financiamento estiver prestes a expirar. Outros US$ 2,4 bilhões estão ao abrigo da Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia, que permite à administração comprar de empresas armas para a Ucrânia, em vez de retirá-las dos estoques dos EUA.

Isto proporcionará à Ucrânia defesa aérea adicional, sistemas aéreos não tripulados e munições ar-terra, bem como fortalecerá a base industrial de defesa da Ucrânia e apoiará os seus requisitos de manutenção e sustentação, disse Biden.

Segundo seu plano, disse o presidente, o Departamento de Defesa reformará e fornecerá à Ucrânia uma bateria adicional de defesa aérea Patriot e mais mísseis Patriot.

Biden ordenou que o Pentágono expandisse o treinamento para pilotos ucranianos de F-16, inclusive apoiando o treinamento de mais 18 pilotos no próximo ano.

Republicanos criticam Zelensky

Para combater a evasão das sanções russas e a lavagem de dinheiro, os EUA agirá para interromper o que Biden chamou de “uma rede global de criptomoedas, em coordenação com parceiros internacionais”.

Biden disse que participará de uma reunião de líderes do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia, na Alemanha, no próximo mês, para coordenar os esforços de mais de 50 países que apoiam a Ucrânia.

Antes de se encontrar com Biden, Zelensky deverá se encontrar com líderes democratas e republicanos no Capitólio.

A defesa da Ucrânia recebeu em grande parte apoio bipartidário nos EUA, mas não estava claro quantos republicanos encontrariam tempo para se sentar com Zelensky em meio às crescentes críticas ao seu governo por parte de líderes partidários, incluindo Donald Trump, o candidato presidencial republicano.

Trump tem criticado o presidente ucraniano durante a campanha para as eleições de 5 de novembro e, pelo menos por enquanto, recusou um pedido de Zelensky para uma reunião.

O ex-presidente criticou duramente Zelensky na quarta-feira (25), dizendo num comício de campanha na Carolina do Norte: “Continuamos a dar bilhões de dólares a um homem que se recusou a fazer um acordo, Zelensky”.

Trump também culpou Biden e a vice-presidente Kamala Harris, sua oponente presidencial democrata, por permitirem a invasão da Rússia.

Muitos congressistas republicanos ficaram furiosos com a visita de Zelensky, no domingo, a uma fábrica de munições em Scranton, Pensilvânia, onde Biden cresceu. O Comitê de Supervisão da Câmara dos Representantes, liderado pelos republicanos, abriu uma investigação sobre a viagem de Zelensky.

O presidente da Câmara, Mike Johnson, um republicano que não deve se encontrar com Zelensky nesta quinta-feira, exigiu que ele demitisse seu embaixador em Washington por planejar a viagem a Scranton, embora tenha dito aos repórteres que essa exigência não era uma ameaça para se opor à ajuda militar.

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