O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está considerando um plano para expulsar todos os civis palestinos do norte de Gaza, incluindo a Cidade de Gaza, a fim de sitiar o Hamas e forçar a libertação de reféns.
Não está claro quantos palestinos permanecem ao norte do chamado Corredor Netzarim, que divide Gaza em duas, mas as estimativas chegam a centenas de milhares.
O plano não menciona se, quando ou como os civis seriam autorizados a retornar ao norte de Gaza.
Após quase um ano de guerra, sem nenhuma parte de Gaza imune a ataques aéreos israelenses, os palestinos têm se mostrado cada vez menos dispostos a atender às demandas israelenses de realocação.
A ideia vem de um grupo de generais militares israelenses aposentados, que a apresentaram formalmente ao gabinete israelense e a um poderoso comitê parlamentar.
O objetivo, eles dizem, é usar táticas de cerco para matar de fome os combatentes do Hamas e forçá-los a libertar 101 reféns ainda mantidos no território.
“Aqueles que saírem receberão comida e água”, diz Giora Eiland, um general militar israelense aposentado que está liderando a proposta, em um vídeo habilmente produzido e publicado online no início deste mês.
“Mas em uma semana todo o território do norte da Faixa de Gaza se tornará território militar, e neste território militar, até onde sabemos, nenhum suprimento entrará nele.”
A emissora nacional israelense Kan, afiliada da CNN Internacional, relatou no domingo (22) que Netanyahu, em uma reunião a portas fechadas com o Comitê de Relações Exteriores e Defesa do Knesset, disse que o plano “faz muito sentido”.