As bolsas da Europa fecharam em queda firme nesta sexta-feira, 20, em correção após sessão amplamente positiva na quinta-feira e enquanto investidores analisam os próximos passos de política monetária das economias principais. Agentes analisaram ainda dados de varejo no Reino Unido e inflação na Alemanha.
Em Londres, o FTSE 100 caiu 1,19%, aos 8.229,99 pontos. O CAC 40, de Paris, cedeu 1,51%, encerrando em 7.500,26 pontos. O DAX, referência em Frankfurt, teve piora de 1,43%, a 18.730,86 pontos. O Ibex 35, de Madri, cedeu 0,01%, para os 11.777,00 pontos e o FTSE MIB, de Milão, fechou em queda de 0,83%, a 33.762,25 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,06%, aos 6.716,23 pontos. As cotações são preliminares.
O otimismo de investidores com o início do ciclo de afrouxamento monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) nos Estados Unidos perdeu fôlego nesta sexta-feira, na medida em que investidores ponderam ganhos recentes, analisam o comportamento errático das curvas de juros e buscam entender se outros BCs conseguirão replicar as ações do Fed.
Nessa linha, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que a incerteza à frente ainda é profunda. E o vice, Luis de Guindos, afirmou que estão completamente comprometidos com o seu mandato e a abordagem dependente de dados.No Reino Unido, a dirigente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) Catherine Mann defendeu uma estratégia de manutenção da política restritiva por mais tempo, para cortar mais agressivamente depois.
As ações da Mercedes-Benz recuaram mais de 7%, após a montadora cortar projeções de margens de lucros, em meio a dificuldades na China. Burberry caiu cerca de 3%, depois que o Jefferies rebaixou a recomendação do papel de “manter” para “underperform”. As ações da Hugo Boss chegaram a avançar após anúncio de que o CEO da empresa, Daniel Grieder, comprou uma participação avaliada em quase 1 milhão de euros na empresa. Não obstante, no fim do dia, o papel cedeu mais de 1%.