O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) a adoção do horário de verão para ajudar a “desestressar” o sistema em momentos de pico de consumo, que ocorre entre 14h e 16h. As informações são de Bruno Rosa, do O Globo.
A avaliação é que, com o por do sol, 20% do volume da energia gerada sai do sistema, exigindo maior necessidade de ajustes no setor, com a entrada de outras fontes. Porém, apesar do CMSE ter endossado a avaliação do ONS, a decisão não foi tomada.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, vai levar a recomendação ao governo e para a Justiça. E, só após isso, a decisão vai ser tomada. Se aprovado, o horário de verão começa 30 dias após a publicação do decreto do presidente Lula.
A economia pode chegar a R$400 milhões durante o horário de verão, segundo os técnicos. Isso corresponde a economia de 2,5 GW em geração de energia.
Na reunião, os técnicos do Cemadem afirmaram que nos próximos quinze dias não há previsão de chuva relevante. Porém, apesar da seca, não há risco para o planejamento energético, afirmaram. Lembraram que, ao despachar as térmicas, os reservatórios foram poupados, permitindo que as usinas entrassem no período seco com um nível de 55%.
Na tarde desta quinta-feira acontece uma reunião extraordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) no Rio de Janeiro. No encontro, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemadem) destaca as previsões das condições climáticas, e o Operador Nacional do Sistema (ONS) apresenta o seu plano de contingência, com as recomendações de forma a garantir as condições de fornecimento de eletricidade no país.
O encontro conta com a participação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
No centro do debate está a volta do horário de verão, encerrado em 2019. A discussão voltou à pauta devido à situação da seca no país, a pior em 94 anos, e as fortes ondas de calor no país, que demandam maior consumo de energia. Os reservatórios das usinas hidrelétricas estão no menor nível em 20 anos.