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terça-feira 17 de setembro de 2024 às 11:57h

Conheça a misteriosa e maior obra de engenharia da Idade da Pedra

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Localizado em Antequera, no sul da Espanha, o Dólmen da Menga é um incrível testemunho da habilidade humana na Idade da Pedra. Esta construção monumental, descoberta em 2020, remonta a cerca de 5.800 anos atrás e impressiona pela sua sofisticação e durabilidade. Recentemente, novas pesquisas trouxeram à luz detalhes surpreendentes sobre o processo de construção deste antigo dólmen, evidenciando a engenhosidade dos nossos ancestrais.

Um estudo publicado na revista Science Advances ressaltou que, mesmo com os recursos limitados da época, os construtores utilizaram técnicas extremamente precisas. Os blocos de pedra foram posicionados com cuidado meticuloso e ângulos exatos, permitindo que a estrutura permanecesse intacta ao longo dos milênios. Este nível de precisão é algo que poucos engenheiros modernos conseguiriam replicar usando as mesmas ferramentas primitivas.

Como Foi Construído o Dólmen da Menga?

Conheça a misteriosa e maior obra de engenharia da Idade da Pedra
(Imagem: Javier Jaime/Shutterstock)

A análise das pedras usadas na construção revelou que elas foram extraídas de pedreiras localizadas a cerca de 850 metros a sudoeste do dólmen. Estes blocos porosos exigiam um tratamento delicado para evitar danos. Já no local, as pedras eram fincadas profundamente no solo, utilizando suas propriedades físicas de maneira otimizada. Isso tudo em uma época sem a presença formal de disciplinas como matemática e geometria.

Impermeabilização: uma técnica impressiva

Um dos aspectos mais notáveis da construção do dólmen é o seu processo de impermeabilização. Sem a tecnologia moderna, os construtores usaram camadas de rochas menores e solo para criar uma barreira protetora. Esse método rudimentar, porém eficaz, preveniu a degradação das pedras ao longo do tempo, garantindo a longevidade da estrutura.

Quais são as descobertas recentes sobre o Dólmen?

A recente análise revelou que os responsáveis pela construção tinham um conhecimento aprofundado sobre as propriedades das rochas e noções básicas de física. Eles sabiam, por exemplo, como manejar atrito, calcular a energia necessária para mover grandes blocos, determinar a inclinação ideal das rampas e estimar o centro de massa das pedras. Estas descobertas mostram que os antigos construtores eram muito mais sofisticados do que imaginávamos.

Detalhes físicos e astronômicos da tumba

O Dólmen da Menga tem 25 metros de profundidade e 4 metros de altura, sendo construído com 32 megálitos. Ele está alinhado com La Peña de los Enamorados, uma montanha situada a 6,5 quilômetros a nordeste. Este alinhamento sugere que a montanha tinha um papel significativo para os povos locais. Além disso, a construção permite que a luz do solstício de verão penetre até o fundo da câmara, indicando uma relação especial com o Sol.

  • Construída entre 3600 a.C e 3800 a.C, a tumba possui 32 megálitos.
  • Alinhada com La Peña de los Enamorados, sugere conexões culturais e espirituais.
  • A luz solar no solstício de verão ilumina o fundo da câmara da tumba.
  • Semelhanças com outras construções em locais como Irlanda e Marrocos indicam crenças comuns.

Ao estudarmos o Dólmen da Menga, não apenas reconhecemos a engenhosidade dos nossos antepassados, mas também compreendemos melhor suas práticas culturais e suas interações com o ambiente ao redor. As novas descobertas mostram que, mesmo há milhares de anos, as civilizações possuíam um conhecimento técnico e científico considerável, desafiando nossas percepções modernas sobre a história da engenharia.

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