Reeleito presidente nacional do DEM ontem, o prefeito de Salvador, ACM Neto, disse que “não vai deixar o Brasil parar”, durante convenção da sigla em Brasília. O mandato é de três anos. Ele assumiu a legenda em março de 2018, quando a Executiva Nacional de Refundação do Democratas foi eleita. “É hora de reestruturar o país. E o Democratas não vai deixar o Brasil parar”, enfatizou, em discurso. “A defesa da democracia está no nosso DNA. Está presente em todas as nossas ações. Temos que, nesse momento, com bom-senso, maturidade e equilíbrio, refutar todo e qualquer tipo de radicalismo. E o Democratas vai estar sempre ao lado da agenda criada para impulsionar o país”, ressaltou.
Hoje, reeleito presidente do @democratas, reafirmo nosso compromisso com o avanço do Brasil e nosso apoio à agenda das reformas que vão promover um novo momento de prosperidade para o país. O nosso partido está de mãos dadas pq temos um propósito: não vamos deixar o Brasil parar! pic.twitter.com/HvTji5omJr
— ACM Neto (@acmneto_) May 30, 2019
ACM Neto salientou, ainda, que a sigla “não aceita rótulos ou carimbos”. De acordo com ele, os valores e as diretrizes seguidas pelo partido “estão muito acima das circunstâncias e das conveniências do momento político”, ao se referir ao fato de o partido ser associado ao centrão – grupo de legendas que não possuem uma orientação ideológica específica e tem como objetivo assegurar uma proximidade ao poder executivo de modo que este lhes garanta vantagens.
Assista na íntegra no vídeo abaixo:
“Não tivemos medo de enfrentar os cenários mais adversos da política brasileira. Nunca admitimos o troca-troca da velha política. Tivemos coragem de resistir, de denunciar. E esse é o partido que chega aqui, de cabeça erguida. Os membros do Democratas estão na vida pública porque querem servir, defendem legitimamente as suas ideias, e já mostraram que podem remar contra a maré”, frisou. Na convenção, a sigla evitou falar em apoio formal ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “O propósito do ato não era definir apoio ao governo”, disse Neto. “Temos compromisso com a agenda do país, independentemente de compor uma base formal”, emendou.
Indagado sobre as críticas dos aliados de Bolsonaro, afirmou que não cairia em provocações. “Não acho que é o momento de alimentar esse tipo de polêmica ou discussão. Honestamente, quem tem preocupação com o andamento da agenda do país deve somar esforços, e não utilizar redes sociais ou mesmo o plenário da Câmara ou do Senado para provocações”, disse. “Não digo que essa seja uma questão do governo, mas alguns aliados do governo perdem tempo com fogo amigo. Poderiam estar somando esforços e concentrando energia no que é importante, que é o avanço dessas reformas, principalmente na Câmara dos Deputados, com relação à reforma da Previdência”, acrescentou.
Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (AP), também participaram do evento. Para Maia, o Estado ficou “caro e inviável” e, por isso, a importância das reformas da Previdência e Tributária cresce a cada dia.
“O DEM sempre teve responsabilidade. Nunca fugimos de agendas difíceis. Defendemos a Nova Previdência porque nosso sistema é uma concentração de privilégios nas mãos de poucos brasileiros; a reforma Tributária porque, hoje, o sistema mais exclui que inclui empresas. Defendemos regras claras no setor privado para trazer novos investimentos para o país. É preciso garantir o equilíbrio fiscal para iniciar a retomada do crescimento econômico”, apontou o presidente da Câmara.
Ao todo, a Executiva Nacional é formada por 38 membros, 17 membros natos e 12 suplentes. Ela é responsável pelas principais decisões partidárias, como criar e designar órgãos de apoio e cooperação – e destituí-los quando necessário; promover modificações e o registro do Estatuto, do Código de Ética e do Programa do Democratas; administrar o patrimônio social; e exercer ações disciplinares perante os filiados e os Diretórios Estaduais e Municipais.