O presidente Lula da Silva (PT) recebeu nesta quarta-feira (21) representantes da indústria de papel e celulose. O setor vai anunciar investimentos previstos para o período até 2028, com abertura de novas fábricas, ampliação de plantas já existentes e obras de infraestrutura logística para escoamento da produção. A reunião ocorreu na sala de situação do Palácio do Planalto.
Também participaram do evento o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), e o presidente da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), Paulo Hartung.
Segundo informações da IBÁ, que representa 47 empresas do setor e 10 entidades estaduais ligadas a produtos derivados dessa indústria – painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, florestas energéticas e biomassa –, a estimativa é de que os projetos a serem anunciados empreguem cerca de 36 mil trabalhadores durante as obras e gerem 7,3 mil empregos diretos e indiretos quando as unidades estiverem em operação.
DIMENSÃO – Com quase 10 milhões de hectares de áreas produtivas plantadas (eucalipto, pinus e outras espécies), o Brasil é o segundo maior produtor mundial de celulose e o maior exportador do produto, enquanto a produção de papel ocupa o nono lugar no ranking mundial.
DIVISAS – Em 2023, a indústria de papel e celulose gerou US$ 10,3 bilhões de divisas para o país. O saldo comercial (exportações menos importações) foi de US$ 9,2 bilhões.
SUSTENTABILIDADE – De acordo com o último relatório anual da IBÁ, o setor como um todo gerou 2,6 milhões de empregos diretos e indiretos em 2022. A indústria brasileira nessa área se destaca pela sustentabilidade, com 90% de toda a energia consumida nos processos produtivos gerada a partir de fontes renováveis.