Em conversa com a imprensa nesta última terça-feira (20) durante entrega de ambulâncias, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) falou de acordo com Mateus Soares, do jornal Tribuna, sobre a importância de manter as forças de segurança alheias ao processo eleitoral, enfatizando a necessidade de preservar a integridade democrática e garantir a imparcialidade das instituições durante as eleições municipais.
Jerônimo revelou que já se reuniu com o secretário da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Marcelo Werner, o comandante-geral da Polícia Militar (PM-BA), Paulo Coutinho, a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, além de representantes do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e do Corpo de Bombeiros, para reforçar esse compromisso.
“Quero lisura e não quero nenhum policial meu, nenhum, com adesivo partidário misturado com a farra. De lado nenhum. O que eu quero é que o melhor ganhe”, afirmou Jerônimo Rodrigues.
O governador baiano ressaltou os desafios enfrentados durante a eleição de 2022, mencionando as alegações de interferência por parte de agentes da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o que, segundo ele, prejudicou o processo democrático. “Isso não cabe no meio da gente”, afirmou.
Jerônimo também anunciou ainda conforme a Tribuna, que buscará dialogar com o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) para assegurar que as polícias Militar e Civil, principais responsáveis pela segurança durante o pleito, ajam com total imparcialidade, reforçando o compromisso com a lisura das eleições.
“Vou me reunir com o TRE para que a gente possa garantir que a Polícia Militar e a Polícia Civil possam, inclusive, pedir uma reunião com a Polícia Federal e com a Polícia Rodoviária Federal para que criem um ambiente de confiança, para que a gente não use a farda ou o poder de polícia para favorecer um campo ou outro candidato”, assegurou.
Na ocasião, Jerônimo Rodrigues respondeu às críticas feitas pelo ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) ao vice-governador Geraldo Júnior, candidato à Prefeitura de Salvador pelo MDB. ACM Neto tem acusado Geraldo de ser um “lero-lero” e “oportunista” por ter deixado seu grupo político em 2022 para se aliar à base de apoio do PT.
Aos jornalistas presentes, Jerônimo saiu em defesa de Geraldo, lembrando que ele se juntou ao PT em um momento crítico, quando sua candidatura ao governo da Bahia registrava apenas 2% a 5% nas pesquisas de intenção de voto.
“Nós fomos buscar Geraldo no outro time, todo mundo sabe. Geraldo não veio para cá caído do céu. Fomos nós – Wagner, Rui, eu e Otto – convidar Geraldo para vir. Geraldo veio em um momento em que a eleição não estava ganha”, lembrou.
“Geraldo conversou comigo [quando aparecia nas pesquisas] com 2%, 3%, 4% ou 5%. Então, onde é que está o oportunismo? Ele largou lá uma teórica candidatura eleita e veio para cá”, justificou Jerônimo. “Eu não sei o que ele está fazendo. Deve estar sem ter o que fazer. Está procurando ocupação. A Bahia precisa de gente trabalhando. Salvador precisa de gente trabalhando”, alfinetou o governador.