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sexta-feira 16 de agosto de 2024 às 11:57h

Região Oeste da Bahia cultiva café (e dos bons) deste o início do século XX

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Os primeiros registros de cultivo do cafeeiro na região Oeste da Bahia datam do início do século XX, cultivos estes de pequena produção e notadamente nos vales úmidos da região. Nas décadas de 70 e 80, ocorreram alguns experimentos com o cultivo do cafeeiro e implantação de pequenas áreas na região do bioma cerrado, em localidades de 700 metros acima do nível do mar e em condição de sequeiro.

Os resultados dos experimentos com o cafeeiro cultivado em sequeiro, ainda que não tenham apresentado resultados significativos em produtividade, entusiasmaram alguns produtores a investirem na cafeicultura da região, desta feita com a adoção da tecnologia da irrigação, sendo, atualmente, 100% irrigada.

A história da cafeicultura no Oeste da Bahia pode ser dividida em duas fases: anos 1960/1970, época em que se plantava no sistema de sequeiro e apenas para subsistência, e a segunda fase, a partir de 1994, quando se iniciou o plantio comercial e irrigado. Entretanto, registros do início do século XX mostram que o café já era comercializado nessa época em Barreiras, um dos municípios que fazem parte da Indicação Geográfica.

Desde os anos 1990, o plantio de cafés tem se desenvolvido continuamente, representando cerca de 20% da produção total de café do estado da Bahia, segundo o Anuário do Café 2010. O Oeste da Bahia ocupa predominantemente área de Cerrado. O café nessa região é cultivado em áreas a partir de 700 metros de altitude. Diferentes agricultores, conjugando e aperfeiçoando suas experiências, foram responsáveis por tornar conhecida a região como centro produtor de café. Reportagens e diferentes documentos técnicos e acadêmicos mostram o conhecimento do nome “Oeste da Bahia” como local de produção de café.

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A área demarcada da Indicação de Procedência Oeste da Bahia abrange os terrenos com altitudes a partir de 700 metros, dos seguintes municípios: Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, Riachão das Neves, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Catolândia, Baianópolis, Correntina, Jaborandi e Cocos.

Na região Oeste da Bahia, além do bioma cerrado, favorecem o cultivo cafeeiro o relevo formado por chapadas, encostas e vales, além dos solos profundos e diversificados. A região possui ainda boa disponibilidade hídrica, possuindo excelentes condições para a cafeicultura irrigada.

O café produzido no Oeste da Bahia é reconhecido pelo sabor agradável, com boa fragrância e aroma levemente frutado e floral, com excelente doçura e boa acidez. Esse é produzido sob condições de temperaturas médias que variam entre 22 e 26 °C, não havendo riscos de geadas, nem interrupções no desenvolvimento do cafezal durante o ano pela pouca variação na temperatura.

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A pluviosidade média com cerca 1.600 mm está distribuída entre os meses de outubro e abril. No período seco, a compensação ocorre pela irrigação, a qual conta com grande disponibilidade de água subterrânea ou de superfície, de um dos maiores aquíferos do Brasil, o Urucuia. Este período seco gera grande contribuição para as operações de colheita e pós-colheita, pois não conta com chuvas.

Com luminosidade de aproximadamente 3.000 horas por ano e altitudes médias de 800 metros, são condições favoráveis para o bom desenvolvimento do café arábica. O relevo plano, típico do cerrado, tem permitido alta tecnificação em todas as fases do processo de produção. Estas condições, somadas ao perfil empresarial dos cafeicultores oriundos de regiões tradicionais de cultivo de café no Brasil, possibilitam a criação do cenário ora encontrado.

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Cafés da espécie Coffea Arábica são cultivados em áreas acima de 700 metros de altitude em relação ao nível do mar na área demarcada, obtidos por meio de colheita mecanizada ou manual no pano. O catuaí vermelho é a variedade mais cultivada na região.

Os cafés da Indicação de Procedência Oeste da Bahia devem obter nota mínima de 75 (setenta e cinco) pontos, caracterizados por bebida com corpo acentuado, acidez positiva, leve doçura, sabor agradavelmente frutado, gosto remanescente prolongado e aroma floral com boa densidade, conforme metodologia SCAA (Associação Americana de Cafés Especiais).

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Os produtores de café do Oeste da Bahia devem demonstrar o atendimento a um conjunto de requisitos relativos à rastreabilidade e segurança alimentar, responsabilidade social e responsabilidade ambiental na produção.

Para impulsionar o setor, a região conta com a atuação dos mais importantes fornecedores de máquinas e insumos, agentes financeiros, grandes exportadores estimulados pela presença do porto de Salvador a 900 km, juntamente com a organização setorial.

Esta dinâmica e moderna produção encontra-se aliada a preservação e monitoramento ambiental. As áreas produtivas encontram-se integradas às áreas de preservação ambiental, mantendo a flora e fauna local. Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente são respeitadas nas fazendas, juntamente com o constante monitoramento do uso da água pelos Órgãos Ambientais competentes.

O café é reconhecido pelo seu sabor agradável, com aroma levemente frutado e floral, com excelente doçura e boa acidez.

Frente às condições naturais da região do Oeste da Bahia, os empresários dinamizaram o processo de produção através do investimento em tecnologia. Modernas máquinas e insumos são de uso comum, permitindo as maiores produtividades de café do Brasil.

As áreas produtivas encontram-se integradas às áreas de preservação ambiental, mantendo a flora e fauna local. Áreas de Reserva Legal e de Preservação Permanente são respeitadas nas fazendas, juntamente com o constante monitoramento do uso da água pelos órgãos ambientais competentes. Os aspectos sociais são cumpridos adequadamente, promovendo a saúde e segurança no trabalho, paralelamente à valorização do bem-estar humano. Dessa forma, está sendo possível implementar uma das mais modernas cafeiculturas do mundo, a qual alia produtividade e sustentabilidade.

Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia – Abacafe

Endereço: Rua Sergipe, 388 – Centro
Município: Luís Eduardo Magalhães, BA | CEP: 47.850-000 | Telefone: (77) 3628-2356
E-mail: adm@abacafe.org.br

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