O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, disse na noite desta última terça-feira (13) que o setor industrial terá um fundo garantidor próprio para financiar investimentos. O caixa inicial de R$ 1 bilhão, afirma, será formado por recursos identificados durante diálogos com o governo federal.
“Temos desafio de como alavancar financeiramente nossa construção, com risco de desnacionalizar nosso potencial”, disse Alban ao explicar a iniciativa de formar um fundo garantidor para a indústria, um incentivo similar ao já praticado para setores como o agronegócio.
“Já temos sinal verde para R$ 500 milhões identificados em fundo de um ministério e estamos dialogando sobre mais R$ 500 milhões de outro fundo, que atualmente é privado”, afirmou. O anúncio foi feito durante evento do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon).
O fundo garantidor é uma exigência de grandes bancos para financiamento a projetos de alto custo. Ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Alban citou o BNDES como instituição que poderá ser acessada pela indústria a partir do fundo.
“A expectativa é de maior autonomia e capacidade financeira”, disse o presidente da CNI, que não deu estimativa de quando o fundo estará em operação.
Segundo Alban, o fundo será gerido por um grupo de trabalho com representantes do governo e dos diferentes braços da indústria.