A fase tática da Operação Sagitta Primus chegou ao fim após seis dias de atividades intensas e desafiadoras. Coordenada pelo Comando de Defesa Antiaérea do Exército Brasileiro, a operação reúne cerca de 500 militares de 15 organizações militares de Artilharia Antiaérea de todas as regiões do país, demonstrando a prontidão e a eficiência das unidades envolvidas.
Durante a fase tática, foram utilizados diversos equipamentos e armamentos antiaéreos, tais como o radar SABER M60, os mísseis RBS-70, e o blindado antiaéreo Gepard, com a realização de disparos reais dos armamentos. Visando ao maior realismo, foram realizadas incursões aéreas de alvos simulados e reais, com a participação de uma aeronave KC-390, da Força Aérea Brasileira, e com sobrevoos e incursões de helicóptero Pantera, do Comando de Aviação do Exército.
Para o atirador do míssil RBS-70 do 11º GAAAe, Cabo Carislando, “o exercício tem uma grande importância para testar o desempenho dos atiradores, especialmente pela diferença em relação ao simulador. O recuo é maior e real, as rotas e velocidades do alvo são totalmente diferentes”, comentou. Durante a Operação, ele teve 100% de aproveitamento nos disparos, atingindo e abatendo todos os alvos aéreos em diferentes rotas de ataque.
A fase tática teve início com a emissão de ordens e a aplicação de técnicas, táticas e procedimentos de combate. Nessa fase, a tropa realizou atividades como orientação no terreno, camuflagem individual e coletiva, troca de mensagens por rádio, entre outras. Em seguida, houve o desdobramento das Baterias Antiaéreas no terreno, com a tomada de posição das Unidades de Tiro e a defesa de pontos sensíveis – como uma coluna de ASTROS II do Comando de Artilharia do Exército – e a certificação da Força Especializada de Emprego Estratégico.
O instrutor da Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea, Capitão Estácio, acompanhou os exercícios e afirmou que a Sagitta Primus 2024 “colocou a prova conhecimentos de todos os subsistemas da Artilharia Antiaérea, como da logística, do sistema de controle e alerta e dos sistemas de armas.” Ele também destacou a importância da atividade para o adestramento da tropa. “A integração do Radar SABER M60 com a aeronave KC-390 proporcionou uma significativa experiência aos militares que operam estes sensores de vigilância, contribuindo na melhoria da qualidade do adestramento da tropa do Comando de Defesa Antiaérea do Exército. Além disso, o emprego de alvos aéreos proporcionou aos atiradores dos Sistemas de armas [RBS 70 e Canhão 35 mm da VTR Bld Gepard] a simulação realista de um cenário de combate aéreo.”
A conclusão da fase tática da Operação Sagitta Primus comprova a capacidade operacional das tropas de Defesa Antiaérea do Exército, garantindo, em conjunto com as outras Forças Armadas, a contínua e permanente defesa do espaço aéreo nacional, assim como a soberania do Brasil.