A proibição do PL de coligações com partidos de esquerda nas eleições municipais se tornou segundo a colunista Bela Megale, alvo de críticas de correligionários que estão fora das capitais.
A avaliação de filiados de longa data do PL é que, ao se curvar ao desejo de Jair Bolsonaro (PL), o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, deixa de lado o pragmatismo político e prejudica parte dos candidatos. As queixas já chegaram ao mandachuva da sigla, diz a coluna.
Um dos casos mais emblemáticos ocorreu em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Para não desagradar Bolsonaro, o PL pressionou a coligação a rifar o PDT. O partido do ex-presidente apoia a candidatura de Dudu Reina, do PP, e indicou a vice da chapa, Roberta Teixeira, que é irmã do presidente estadual do PP, Doutor Luizinho.
Excluído, o PDT mudou de lado e vai apoiar o petista Tuninho da Padaria. O movimento foi visto por integrantes do PL como um tiro no pé que pode prejudicar a chapa de Dudu Reina.
No comunicado a seus filiados divulgado na semana passada, o PL definiu punições para diretórios que se coligarem com partidos de esquerda. As legendas citadas nominalmente foram a federação formada por PT, PCdoB e PV, e o grupo formado por PSOL e Rede.
Siglas como PDT e Cidadania, que estão coligadas a candidatos do PL em algumas cidades do interior não foram citadas, mas há o receio de que haja punições para os grupos que se alinharem a esses partidos nas eleições municipais.