‘Há muitas mulheres homossexuais, muita gente LGBT conosco. A gente não excluiu ninguém, trata todo mundo como ser humano normal’, diz nova líder
Escolhida como a nova líder do PSL Mulher, a senadora Soraya Thronicke (MS) falou dos ideais e das pautas que serão defendidas pela extensão do partido do presidente da República. Em entrevista ao O Globo, ela fez questão de reforçar o “viés feminino, e não feminista”, e a manutenção de valores do governo Jair Bolsonaro, como a valorização da família e princípios conservadores.
“Nossa pauta é feminina, não feminista, é uma pauta de mulheres. Os nosso valores são mais conservadores do que aqueles das pautas feministas […] Eu não vou usar nenhum termo, só quero dizer que a gente vem com pautas conservadoras. Somos contra o aborto, somos pró-vida, contra a liberação das drogas, a favor da manutenção da família”, diz Soraya, que desbancou a deputada Joice Hasselman (SP) na disputa pelo comando do PSL Mulher.
A senadora afirmou que tem o objetivo de aumentar o número de mulheres participantes dentro do PSL, inclusive superando a cota mínima de 30% estabelecida legalmente. “A nossa intenção é que 40% das candidaturas sejam de mulheres, já na eleição do ano que vem. Com isso, vamos ultrapassar a cota de 30%”.
Mesmo com as controvérsias declarações de Jair Bolsonaro e outros membros do partido a respeito do público LGBT, Soraya por sua vez afirmou que no PSL Mulher, todos serão tratados como “ser humano normal, e se mostrou receptiva à “mulheres homossexuais” no grupo político:
“Há muitas mulheres homossexuais, muita gente LGBT conosco. A gente não excluiu ninguém, trata todo mundo como ser humano normal. Temos aquele olhar igual para todos. Mulheres homossexuais podem vir e serão muito bem-vindas. Eu quero o bem de toda mulher, seja hétero ou homo”.