Ex-presidente da Petrobras e Itaipu, o general da reserva Joaquim da Silva e Luna será o candidato do PL à prefeitura de Foz do Iguaçu (PR), conforme Bernardo Lima, do O Globo.
. Com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD-PR), ao seu lado, o candidato diz que também espera o apoio do senador Sérgio Moro, do União Brasil, em um eventual segundo turno.
O União Brasil de Moro lançou Zé Elias, presidente do partido na cidade, para concorrer à prefeitura de Foz do Iguaçu. Na disputa pelo PL, Silva e Luna, diz que a candidatura do União não atrapalha a sua corrida eleitoral, e que tem “quase certeza” que contará com apoio de seu ex-colega de governo caso chegue ao segundo turno.
— Eu converso muito e somos amigos. Além do senador, também sou amigo do candidato Zé Elias, isso faz parte de uma estratégia deles. Mas havendo um segundo turno, eu imagino, não, tenho quase certeza que ele [Moro], apesar de não ter declarado isso ainda, estará conosco. Essa é a expectativa — disse o candidato.
No governo de Jair Bolsonaro, o general da reserva Joaquim da Silva e Luna foi diretor-geral da Itaipu Binacional entre 2019 e 2021. Em abril de 2021 foi indicado para ser presidente da Petrobras, cargo que ocupou por um ano até ser demitido em março de 2022. Desde então, o militar ficou longe dos holofotes da política nacional.
Em 2023 Silva e Luna voltou ao jogo político ao se filiar ao Republicanos. O geeneral, no entanto, se mudou este ano para a sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro para disputar a prefeitura de Foz do Iguaçu.
— Estive com ele há uns quatro dias, em Porto Alegre. Ele gravou vídeo de anúncio da candidatura. Ele tem vários compromissos, mas pode passar aqui também durante a campanha para prestar apoio — afirma o general.
A convenção do partido está marcada para este sábado. Além do PL, a candidatura também tem apoio do PSD, do governador Ratinho Júnior, Republicanos, Novo, PRN e Solidariedade.
Após ter passado pelos comandos da Petrobras e da usina hidrelétrica localizada na cidade, o general da reserva usa a sua experiência na gestão empresarial como principal bandeira política.
— Como fui CEO de grandes empresas como a Petrobras e Itaipu, dá para conduzir uma cidade e muito bem, como se fosse uma grande empresa. Então eu penso que eu posso usar essa minha experiência e deixar como legado para a cidade — diz Joaquim da Silva e Luna, que completa — Não tenho interesse em seguir uma vida política, quero fazer isso porque me sinto em débito com a cidade.
A vida de Silva e Luna na política, no entanto, não começou no governo Bolsonaro. Durante a gestão de Michel Temer, ele se tornou o primeiro militar a ocupar o cargo de ministro da Defesa, entre 2018 e 2019.
Ele diz que enxerga na cidade um potencial turístico inexplorado e quer dar um “novo rosto” à Foz do Iguaçu.