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terça-feira 30 de julho de 2024 às 17:14h

Dólar fecha em leve baixa, cotado a R$ 5,61; Ibovespa cai pressionado por Vale a Petrobras

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O dólar à vista fechou a terça-feira (30) perto da estabilidade ante o real, após ter apresentado ganhos mais firmes pela manhã, com investidores antecipando parte da disputa pela formação da Ptax de fim de mês e à espera das decisões sobre juros do Banco do Japão, do Federal Reserve nos Estados Unidos e do Banco Central do Brasil, todas na quarta-feira (31).

O dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,6197 na venda, em leve baixa de 0,10%. No mês a divisa acumula alta de 0,52%. Veja cotações.

Às 17h03, na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,10%, a R$ 5,6230 na venda.

Taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros.

O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, com as ações da Vale e da Petrobras respondendo pelas maiores pressões de baixa na esteira da queda do minério de ferro e do petróleo no exterior, em pregão também marcado por cautela antes de decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos.

A safra de balanços de empresas brasileiras também repercutiu no pregão, com Klabin na coluna positiva, enquanto CCR e Telefônica Brasil figuraram entre as quedas da sessão após a divulgação dos respectivos resultados do segundo trimestre do ano.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,52%, a 126.290,2 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 126.950,76 pontos na máxima e 125.972,91 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somava R$ 14,9 bilhões antes dos ajustes finais.

O dólar no dia

Desde cedo a expectativa para as decisões de política monetária na quarta-feira permeavam os negócios, com parte dos investidores controlando o apetite ao risco no mercado brasileiro.

Parte da disputa pela Ptax, a ser definida na quarta, também foi antecipada, com investidores comprados (posicionados na alta das cotações) empurrando o dólar para cima.

“Ontem o real descolou das demais moedas no exterior e subiu, mas hoje há uma pequena correção. Também já vimos movimentação em torno da Ptax”, pontuou André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online.

Taxa de câmbio calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros.

Neste cenário, o dólar à vista oscilou entre a cotação mínima de 5,6115 reais (-0,25%) às 9h01 e a máxima de 5,6645 reais (+0,69%) às 10h05 — horário próximo de uma das janelas de coleta de preços pelo BC para formação da Ptax no dia.

Apesar do movimento mais intenso pela manhã, o dólar perdeu força à tarde e se reaproximou da estabilidade ante o real. O movimento ocorreu enquanto, no exterior, a moeda norte-americana seguiu sustentando altas ante divisas como o peso colombiano e o peso mexicano.

No meio da tarde de quarta-feira sairá a decisão do Federal Reserve sobre juros e na sequência o chair da instituição, Jerome Powell, falará à imprensa.

A quarta-feira terá ainda a decisão do Banco do Japão — aguardada com ansiedade pelo mercado de câmbio, já que a apreciação do iene nas últimas semanas tem servido de motivo para o avanço do dólar ante várias divisas de emergentes, como o real.

À noite será a vez de o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC anunciar sua decisão sobre a taxa básica Selic. Há um consenso no mercado de que a taxa será mantida em 10,50% ao ano, mas os agentes estarão atentos às indicações do BC para as próximas reuniões. A dúvida é se o Copom sinalizará a possibilidade de elevação de juros à frente — algo que já vem sendo considerado por algumas casas.

“Acredito que pouca coisa deve mudar. O Copom deve fazer um comunicado mais conservador no sentido de uma política monetária mais restritiva, mas sem dar muita direção”, opinou Galhardo. Para os economistas da Guide Investimentos, a piora do cenário deve levar o Copom a sustentar “a mensagem de ‘pulso firme’ na condução da política monetária, principalmente em um ambiente caracterizado por uma forte pressão sobre o câmbio”.

“Ainda assim, não enxergamos a necessidade de subir o juro nas próximas decisões, uma vez que, no atual cenário, acreditamos que o patamar atual da Selic já é contracionista o suficiente para que a inflação convirja para a meta no horizonte relevante para a atuação da política monetária caso se sustente na maior parte de 2025”, acrescentaram Victor Beyruti Guglielmi e Yuri Alves em relatório enviado pela Guide a clientes.

Às 17h10, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,03%, a 104,550.

Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional em leilão para fins de rolagem do vencimento de 2 de setembro de 2024.

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