sexta-feira 22 de novembro de 2024
Michelle Bolsonaro e Gleisi Hoffmann — Foto: Isac Nóbrega/PR e Jorge William/Ag. O Globo
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domingo 21 de julho de 2024 às 11:26h

Michelle Bolsonaro aciona Gleisi no STF para esclarecer fala ligando ela a ‘roubo de joias’, ‘rachadinha’ e ‘golpe’

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A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro apresentou na última sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) explicar uma declaração que a vinculou a “roubou de joias”, “rachadinha” e “golpe de Estado”. Michelle quer que Gleisi seja obrigada a esclarecer a quais fatos está se referindo e qual teria sido sua conduta.

A declaração que está sendo questionada foi feita por Gleisi na semana passada na rede social X. A deputada e presidente do PT listou possíveis candidaturas ao Senado de membros da família Bolsonaro — além de Michelle, o deputado federal Eduardo (PL-SP) e o vereador Carlos (PL-RJ), e o já senado Flávio (PL-RJ) — e citou possíveis crimes que teriam sido cometidos por eles.

“Mais um negócio de família! Os Bolsonaros vão se lançar em peso para o Senado: Michele, Eduardo, Flavio e até o Carlos. Depois de roubar jóias para pagar suas contas, fazer rachadinhas pra comprar imóveis, tentar golpe pra se manterem no poder, vão atacar a política com estratégia familiar. Para eles o q importa é isso, se garantirem. Não é sobre Deus, Pátria e Família é só a própria, com muito dinheiro e poder”, escreveu.

Na ação apresentada ao STF, Michelle afirma que a deputada atribuiu a ela “fatos criminosos sabidamente falsos e passíveis de macular acintosamente sua reputação perante seus pares e a própria sociedade brasileira, visto que é pessoa pública e conhecida no cenário político nacional”.

Por isso, quer que o STF determine que Gleisi “esclareça sobre quais fatos está se referindo ao imputar à interpelante o suposto ‘roubo de joias’, ‘rachadinhas’ e ‘golpe para se manter no poder'” e “esclareça objetivamente o contexto, indicando a conduta da interpelante” nesses supostos crimes.

Michelle chegou a ser investigada na apuração sobre um suposto esquema de desvio de joias da Presidência da República, mas não foi incluída na lista de indiciamentos feitos pela Polícia Federal (PF). Seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi indiciado por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

O nome de Michelle também apareceu nas investigações sobre um suposto esquema de desvio de salário de assessores — prática conhecida como “rachadinha” — por parte de Flávio Bolsonaro, quando era deputado estadual.

A quebra do sigilo bancário e Fabricio Queiroz, ex-assessor de Flávio e suspeito de ser o operador do esquema, mostrou que ele e sua esposa repassaram R$ 89 mil para Michelle entre 2011 e 2016. Bolsonaro afirmou que se tratava do pagamento de um empréstimo. A ex-primeira-dama, contudo, não foi investigada.

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