A Justiça Federal de Curitiba decretou nesta quinta-feira (18) a prisão do ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque. Envolvido em escândalos apurados pela Operação Lava-Jato, Duque foi condenado em uma série de processos cujas penas somam 98 anos, 11 meses e 25 dias. Considerados os descontos relativos a detrações e remições, resta o cumprimento de pena de 39 anos, dois meses e 20 dias em regime fechado.
Segundo o mandado de prisão, disponível no banco de decisões do Conselho Nacional de Justiça, o ex-diretor deve ser preso pela sentença transitada em julgado para o cumprimento de pena em regime fechado. A condenação de Duque é pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e associação criminosa.
O mandado de prisão tem data de 17 de julho e é assinado pelo juiz federal Alessandro Rafael Bertollo de Alexandre, da 12ª Vara Federal de Curitiba.
Na manhã desta quinta-feira, o mandado de prisão divulgado pelo judiciário informava que Duque tinha sido condenado a 98 anos de prisão (informação usada no título original desta reportagem). No início da tarde, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) detalhou a pena, informando que resta o cumprimento de 39 anos em regime fechado (o título foi atualizado).
Em março de 2020, depois de cinco anos preso em Curitiba, Duque foi solto e retornou de avião para o Rio de Janeiro, onde vivia sua família. Duque foi um dos alvos da Lava-Jato que permaneceram por mais tempo atrás das grades.
Na ocasião o TRF-4 substituiu a prisão de Duque por medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.