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segunda-feira 8 de julho de 2024 às 07:50h

Ciro Nogueira comenta sobre eleições na França: ‘Lição para o mundo’

NOTÍCIAS, POLÍTICA


O senador Ciro Nogueira (PP-PI) fez uma reflexão neste último domingo (7) sobre as eleições na França, destacando-as como uma “lição pedagógica” global. Com um “textão” no X (antigo Twitter), o senador criticou o “extremismo” da direita brasileira à luz das projeções que indicam uma vitória da esquerda no país europeu.

“Para aqueles da direita brasileira que consideram que ela é o começo, o meio e o fim, a França nos alerta: a democracia não segue um único caminho quando o extremismo parece ser a direção inevitável”, afirmou o congressista.

Nogueira enfatizou que as eleições francesas “demonstram que a construção de uma maioria vai além de convicções individuais. É necessária a habilidade de unir em torno de um projeto nacional, de uma nação que não se limita a um único pensamento, mas abraça a diversidade de ideias em prol de um objetivo maior”.

Eis a íntegra da declaração de Ciro Nogueira em rede social:

As eleições da França e a lição para o Brasil As eleições para a França deixam uma lição pedagógica para todo o mundo e o Brasil. Os setores extremistas, que possuem tentações majoritárias e dominantes em ambos os polos, procuram o tempo todo desqualificar os que pensam diferente, mesmo que possuam inúmeros pontos de convergência com pontos centrais de sua agenda. No Brasil não é diferente. Os setores mais vigorosos da Direita ainda imaginam que podem, sozinhos, ser referendados pela vontade popular. Mas o povo brasileiro não é de extremismos. É por essa percepção deslocada que setores conservadores, identificados com premissas liberais clássicas, com princípios econômicos, mas que não enfatizam, por exemplo, questões de costumes, são muitas vezes estigmatizados pelas correntes mais fundamentalistas da Direita brasileira. Nada contra que cada corrente professe suas preferências e posturas. A democracia, afinal, é isso. Mas o que os acontecimentos da França demonstram é que a construção de uma maioria exige mais do que convicção. Exige a capacidade de congregar em torno de um projeto nacional, de uma nação que não possui um pensamento único, mas múltiplo, um projeto maior do que o de qualquer corrente. Caso contrário, mesmo setores que partilham valores comuns podem ser lançados pela dinâmica de rejeição da polarização a uma lógica plebiscitaria em que o extremismo se torne pior do que a união de forças contra ele. Para aqueles da Direita brasileira que entendem que ela é o começo, o meio e o fim, fica o alerta da França: a democracia não possui um único caminho quando o extremismo se apresenta como a direção inevitável. A esquerda também deve aprender com o dia de hoje. Ganhou, mas não é majoritária também. Foi a vitória da derrota. Ou a derrota da vitória. Quando os extremos se enfrentam, a fragmentação triunfa e as diferenças sobressaem. Como deve ser. Mas, para a Direita, tão crítica e impiedosa com os seus próprios, fica o recado.

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