A declaração do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), de que terá uma atuação tímida na campanha de Geraldo Júnior (MDB), gerou reações de aliados do prefeitirável e vice-governador. Segundo o jornal Folha de S. paulo, a avaliação é a de que o ministro deveria ser mais cauteloso com as palavras.
Segundo o jornal Folha de S Paulo, Lúcio Vieira Lima (MDB), presidente de honra do MDB da Bahia, buscou contemporizar as declarações de Rui e disse que o ministro pode atuar na campanha de outras maneiras? “Ele não precisa caminhar pelas ruas de Salvador para ajudar Geraldo.”
Em entrevista durante o cortejo do Dois de Julho, em Salvador, Rui Costa afirmou que não vai conseguir se engajar de forma mais ativa nesta eleição. “Eu pretendo ter uma presença nas campanhas muito com vídeo, com foto, porque não vai dar tempo. Eu não vou conseguir sair de lá [de Brasília] para ter presença aqui”, disse.
O ministro da Casa Civil deixou o governo da Bahia em 2022 com popularidade alta, mas pesquisas apontam que o presidente Lula e o ex-prefeito ACM Neto são os principais cabos-eleitorais em Salvador.
Ao longo do ano passado, Rui Costa articulou nos bastidores a pré-candidatura do ex-vereador José Trindade (PSB). Mas, isolado dentro do PT, viu seu aliado desistir da disputa na capital baiana.
Prevaleceu na base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) a tese defendida pelo senador Jaques Wagner, principal articulador político da candidatura de Geraldo Júnior (MDB). Desde então, aliados de Rui demonstram pouco entusiasmo pela candidatura do vice-governador.
Entre os aliados de Wagner, o afastamento de Rui da campanha foi visto como algo positivo. Em 2022, houve divergências entre ambos na condução da campanha de Jerônimo.