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Fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba; indústria do Paraná cresceu mais que o dobro da média nacional - Foto: Roberto Dziura Jr/AEN/Divulgação
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quinta-feira 27 de junho de 2024 às 13:09h

Indústria brasileira perdeu quase 1 milhão de trabalhadores em uma década; confira

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Entre 2013 e 2022, a mão de obra no setor industrial brasileiro recuou 8,3%, atingindo 8,3 milhões de pessoas, uma queda de 745,5 mil trabalhadores. Essa redução e a diminuição do patamar de salários foram apontadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Industrial Anual (PIA) Empresa e Produto.

O levantamento revelou que, nesse período, o salário médio mensal na indústria caiu de 3,4 para 3,1 salários mínimos. Synthia Santana, pesquisadora do IBGE, destacou que não há uma única explicação para a redução das vagas no setor industrial. Mudanças regulatórias no mercado de trabalho, como a reforma trabalhista de 2017, o crescimento do setor de serviços e mudanças estratégicas nas empresas, como a digitalização, podem ter influenciado os resultados. Além disso, crises econômicas, como a recessão entre 2015 e 2016, também podem ter contribuído para a perda de vagas.

As maiores perdas de emprego entre 2013 e 2022 foram observadas na confecção de artigos do vestuário e acessórios (-219 mil vagas), na fabricação de produtos de minerais não-metálicos (-104,5 mil vagas) e na fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (-102 mil vagas). O IBGE também constatou uma queda na média de empregados por empresa, de 27 para 24 funcionários.

Entre 2019 e 2022, a indústria apresentou um crescimento de 5,3% no número de empregados, um aumento de 407,7 mil pessoas. No entanto, esse aumento não foi suficiente para compensar a perda de empregos ao longo da década. Os setores que mais contribuíram para a expansão do emprego nesse período foram a fabricação de produtos alimentícios, que adicionou 248,3 mil pessoas, a manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos, com um aumento de 70,5 mil trabalhadores, e a fabricação de máquinas e equipamentos, com um incremento de 57,8 mil empregados.

Entre 2019 e 2022, o salário médio mensal permaneceu inalterado em 3,1 salários mínimos. A pesquisa do IBGE revelou que o número de empresas industriais atingiu um recorde, com um total de 346,1 mil empresas em 2022, sendo 6,7 mil da indústria extrativa e 339,4 mil da indústria de transformação. Esse número representa um aumento de 12,9% em relação ao patamar pré-pandemia de 2019 (306,6 mil empresas).

Em 2022, as indústrias extrativas empregavam 200 mil pessoas, enquanto as de transformação empregavam 8,1 milhões. A receita líquida de vendas do setor industrial somou R$ 6,681,5 trilhões, sendo R$ 436,8 bilhões provenientes das indústrias extrativas e R$ 6,244,7 trilhões das indústrias de transformação. O valor bruto da produção industrial atingiu R$ 6,120,5 trilhões, com R$ 437,4 bilhões originados das indústrias extrativas e R$ 5,683,1 trilhões das indústrias de transformação. O custo das operações industriais totalizou R$ 3,635,2 trilhões em 2022.

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