Diretor de Cooperação Internacional da Polícia Federal, o delegado brasileiro Valdecy Urquiza foi escolhido nesta terça-feira pelo Comitê Executivo da Interpol para ser o próximo secretário-geral da Organização Internacional de Polícia Criminal, com mandato entre 2025 e 2030. A indicação deve ser ratificada, em novembro, pela Assembleia Geral da entidade. Ele será o primeiro brasileiro a ocupar o cargo e o primeiro de um país em desenvolvimento, em 100 anos de história da instituição.
A eleição foi acompanhada presencialmente de acordo com a coluna Radar pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, que havia demonstrado confiança na candidatura de Urquiza.
BREAKING: Valdecy Urquiza of Brazil has been proposed by INTERPOL’s Executive Committee as its candidate to be the next Secretary General of INTERPOL.
His candidacy will be submitted to the INTERPOL General Assembly in November 2024. pic.twitter.com/MrmWut9RPV
— INTERPOL (@INTERPOL_HQ) June 25, 2024
Em nota conjunta, os ministérios das Relações Exteriores e da Justiça e Segurança Pública afirmaram que a eleição “reflete a alta prioridade atribuída pelo governo brasileiro ao combate ao crime organizado transnacional, que tem na cooperação internacional, crescentemente, uma dimensão essencial”. “Representa, ademais, o reconhecimento, pela comunidade internacional, do profissionalismo e da competência da Polícia Federal brasileira no enfrentamento à criminalidade, bem como de sua relevante contribuição ao trabalho da Interpol”, acrescenta o comunicado.
As pastas também disseram que a exitosa campanha pela eleição do brasileiro foi fruto de estreita coordenação entre a PF e os dois ministérios.
“O delegado Valdecy Urquiza exerce atualmente o cargo de e tem ampla experiência na promoção da cooperação policial internacional. Além de ocupar, desde 2021, mandato como Vice-Presidente para as Américas do Comitê Executivo da Interpol, também já atuou como Diretor Adjunto para Comunidades Vulneráveis da organização, entre 2018 e 2021. A plataforma do delegado Urquiza centrou-se na promoção da diversidade e da modernização da Interpol, bem como no fortalecimento da transparência e da integridade da organização, com vistas a reforçar seu papel crucial na cooperação policial e no combate ao crime em todo o mundo”, conclui a nota.