O presidente Lula da Silva (PT) afirmou em discurso nesta última quarta-feira (20), no Rio de Janeiro, que cinema e novelas não são para “ensinar putaria”, e sim “cultura”. O contexto da declaração ocorreu ao defender a classe artística, e que não se pode ter medo do debate com críticos da arte.
— Num país que não investe em cultura, o povo não é povo. É massa de manobra. Artista, cinema e novela não é pra ensinar putaria. É para ensinar cultura, é para contar história, e não para dizer que queremos ensinar às crianças coisa errada. Nós só queremos fazer aquilo que se chama arte. Quem não quiser entender o que é arte, dane-se. Não podemos ter medo de fazer esse debate — disse Lula.
Ao lado de cineastas, produtores e atores, o presidente e a ministra da cultura Margareth Menezes anunciaram investimento de R$ 1,6 bilhão para o audiovisual neste ano. Lula também assinou o decreto para regulamentar a Cota de Telas, que garante espaço para produções brasileiras em salas de cinema do país. A lei nº 14.814/2024 tem validade até 31 de dezembro 2033.
O evento aconteceu no Dia do Cinema Brasileiro e homenageou nomes que fizeram história na sétima arte nacional.
O presidente também comentou sobre o debate que envolve as plataformas de streaming no país. Um projeto de lei discuto na Congresso visa instituir uma contribuição de até 6% da receita anual bruta a ser paga pelas plataformas de streaming que operam no Brasil ao Condecine (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional).
— A gente tem condições de fazer uma regulamentação para que esse país seja livre, soberano, dono do seu nariz, dono da sua arte e do seu futuro.