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quarta-feira 19 de junho de 2024 às 13:51h

Putin e Kim assinam pacto de defesa mútua entre Rússia e Coreia do Norte

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Os líderes da Coreia do Norte e da Rússia assinaram um acordo nesta quarta-feira (19) que aprofunda sua cooperação militar para incluir uma promessa de defesa mútua para ajudar um ao outro em caso de ataque, com Kim Jong Un chamando os novos laços de “aliança”, de acordo com informações da CNN Brasil.

Kim falou em uma rara entrevista coletiva após reunião com o presidente Vladimir Putin em Pyongyang, anunciando a assinatura de uma “parceria estratégica abrangente” que, segundo o líder russo, inclui elementos defensivos.

“O acordo de parceria abrangente assinado hoje prevê, entre outras coisas, a assistência mútua em caso de agressão contra uma das partes desse acordo”, disse Putin, que estava fazendo sua primeira visita à Coreia do Norte em 24 anos.

A visita de Putin, que provavelmente reformulará décadas de relações entre a Rússia e a Coreia do Norte em um momento em que ambas enfrentam isolamento internacional, está sendo observada de perto por Seul e Washington, que expressaram preocupação com seus crescentes laços militares.

A reação da China, principal benfeitor político e econômico da Coreia do Norte e um aliado cada vez mais importante para Moscou, foi discreta.

Kim afirmou que o pacto expandirá a cooperação nas áreas de política, economia e defesa, chamando-o de “estritamente amante da paz e defensivo” por natureza.

“As relações entre nossos dois países foram elevadas ao novo nível superior de uma aliança”, pontuou Kim.

No início da cúpula, Kim expressou “apoio incondicional” a “todas as políticas da Rússia”, incluindo “apoio total e aliança firme” à guerra de Putin com a Ucrânia.

Putin disse que Moscou estava lutando contra a política hegemônica e imperialista dos Estados Unidos (EUA) e seus aliados, informou a mídia russa.

“Apreciamos muito o seu apoio consistente e inabalável à política russa, inclusive na direção da Ucrânia”, disse Putin, segundo a agência de notícias estatal russa RIA, no início das conversas.

A Rússia foi atingida por sanções ocidentais lideradas pelos EUA depois que Putin lançou uma invasão em grande escala da vizinha Ucrânia em fevereiro de 2022, no que Moscou chamou de “operação militar especial”.

 

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